Documentos dos veículos roubados eram alterados.Grupo utilizava carros de luxo para levar drogas do Paraguai ao Brasil.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) suspeita que a quadrilha que usava carros de luxo para traficar drogas do Paraguai a várias regiões do Brasil tinha acordos com agentes públicos para alterar a documentação de veículos roubados. A informação foi passada pelo coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Oliveira, em coletiva realizada na tarde desta quinta-feira (27).
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A operação, batizada de dublês, foi realizada em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás. No total foram expedidos 21 mandados de prisão preventiva, alguns deles para serem cumpridos em presídios. No estado foram cumpridos 11, nas cidades de Amambai, Caarapó, Coronel Sapucaia, Dourados e Jateí, todas localizadas na região de fronteira do Paraguai com o Brasil.
Não há informações sobre quantos mandados foram cumpridos nos outros estados ao fim do dia. Pela manhã, um havia sido cumprido em uma penitenciária feminina no estado de Goiás, um na penitenciária em Aparecida de Goiânia (GO) e um no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo.
Também foram cumpridos no estado quatro mandados de busca e apreensão e quatro bens que teriam sido adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas foram sequestrados pela Justiça.
Em Dourados, quatro dos presos, sendo duas mulheres e dois homens, atuavam como batedores no esquema, ou seja, iam na frente dos carros com drogas para verificar se havia policiamento na rodovia.
Membros da quadrilha postavam fotos em veículos
de luxo na web (Foto: Reprodução/TV Globo)
Após ser identificado, o suspeito foi morto, mas familiares dele continuaram na chefia tráfico.
A quadrilha, além de fornecer e transportar o entorpecente, também chefiava um grupo de pessoas que roubava caminhonetes e carros de luxo. Os veículos, conhecidos como "dublês", porque tinham placas e chassis adulterados, eram utilizados para o transporte das drogas.
Segundo o Gaeco, alguns veículos roubados eram levados em caminhões cegonha, misturados a outros veículos, para não levantar suspeitas.
Nas estradas, a quadrilha mantinha "olheiros" que avisavam os suspeitos que levavam a maconha sobre a presença da polícia nos locais. A logística do transporte, muitas vezes, era coordenada por presos e negociada de dentro dos presídios, por celular.
Durante a investigação, 20 pessoas foram presas, 14 veículos e 8,1 toneladas de entorpecentes foram apreendidos.
Suspeita de integrar a quadrilha postou foto exibindo lancha em rede social (Foto: Reprodução/TV Globo)
F:G1
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