A mãe das meninas encontradas mortas em Itaquaquecetuba entrou em contato com a sogra na manhã desta sexta-feira (5), segundo o cunhado dela, Rogério Fernandes Lima. Os corpos das irmãs de 5 anos e 5 meses foram localizados no final da tarde de quinta-feira (4) na casa onde moravam, no Jardim Scafid II. Segundo informações passadas pela Polícia Militar, a mãe continuava desaparecida na quinta. O G1 tenta contato com a Polícia Civil para saber como estão as investigações do caso.
“Ela ligou para a minha mãe e disse que estava mal. A minha mãe está nervosa e abalada e brigou com ela. Em seguida, ligou para a polícia e passou o número de telefone do qual recebeu a ligação. Mas não sabemos ainda se a polícia conseguiu encontrá-la”, contou Lima, tio das crianças e irmão do marido da mulher.
Lima disse ainda que a mãe das meninas é uma mulher reservada e não era de amizades e brincadeiras, mas bem equilibrada. “Eu não a vi nos últimos dias, mas minha mãe e o meu irmão (pai das crianças) disseram que ela estava mais quieta e calada nos últimos dias.”
Ele informou que os corpos das irmãs foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Mogi das Cruzes na manhã desta sexta-feira. Ele ainda não sabe o horário do funeral, mas disse que deve acontecer em um cemitério de Itaquaquecetuba nesta sexta-feira.
A Polícia Militar encontrou os corpos das irmãs no fim da tarde de quinta-feira (4). A PM foi acionada depois de uma ligação da avó das meninas e de vizinhos. Elas estavam deitadas no chão da cozinha próximas da porta que dá para o quintal da casa. “Tinha um pouco de sangue no local, na faca e na pia. No banheiro tinha sangue com roupa meio molhada”, descreveu o cabo Fábio Kendi Otsubo, um dos primeiros policiais a entrar no local do crime.
De acordo com Otsubo, a perícia informou que a menina de 5 anos sofreu algum tipo de estrangulamento. “Já a bebê de 5 meses não sabemos ainda. Também não havia sangue ou marca de perfuração nas meninas. Mas, só a perícia dirá exatamente a causa da morte.” O policial disse ainda, que a princípio, a mãe das crianças é a principal suspeita do crime. Otsubo contou que por volta das 15h, a suspeita ligou para a sua mãe e disse estar em Guarulhos.
A enfermeira Jéssica dos Santos Andrade é vizinha da família. Ela e um outro vizinho ajudaram a abrir o imóvel. A avó contou aos vizinhos que recebeu um telefonema da mãe das crianças, pedindo que ela fosse até a casa, porque as meninas estavam sozinhas.
Jéssica conta que assim que entrou viu pela janela os corpos das meninas deitados no chão da cozinha, como se estivessem dormindo. “Ao lado estava um botijão de gás com a mangueira rompida. Eu vi uma faca suja de sangue na cozinha. Fui ao banheiro e vi no chão perto do chuveiro um pouco de água com sangue”, relatou a enfermeira. Ela completou que assim que viram a cena, eles saíram da casa e chamaram a polícia.
O mecânico Antônio da Silva mora há dez anos na rua da família e conta que os vizinhos se mudaram para o local há um ano e meio. Ele disse que a relação deles sempre foi boa e nunca ouviu briga. Silva descreveu a mãe das meninas como uma mulher reservada que ficava trancada em casa e falava pouco com os vizinhos.
F: G1
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