Queda ocorre porque consumidores buscam postos com melhores preços.
Gasolina varia de até R$ 0,10 em postos de Campo Grande, diz sindicato.
Depois do aumento nos combustíveis, anunciado na semana passada, o movimento de consumidores caiu em alguns postos de Campo Grande, como mostrou reportagem do Bom Dia MS desta quinta-feira (5). O motivo, segundo a categoria, é a busca dos consumidores por melhores preços.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), donos de postos notaram queda brusca nas vendas em torno de 30%.
Na capital de Mato Grosso do Sul, segundo o Sinpetro, o litro da gasolina é encontrado entre R$ 3,39 e R$ 3,49. Em alguns postos, o preço passou de R$ 3 para R$ 3,22, e o etanol subiu de R$ 1,99 para R$ 2,09.
Antes do reajuste, grandes filhas se formavam nos locais com menores preços. Os carros ficavam até na contramão. O movimento ainda é grande porque os consumidores estão em busca de preços mais baixos.
A previsão é de que haja uma nova mudança no setor de combustíveis nos próximos dias, mas desta vez será na composição da gasolina. As montadores de automóveis e o setor sucroalcooleiro pediram e o Governo Federal está analisando a proposta de aumento de 25% para 27% no percentual de etanol na gasolina.
Se aprovada, a medida passa a valer a partir do dia 16 de fevereiro. O aumento do percentual do etanol na gasolina não deve representar novo reajuste nas bombas.
O pedido foi para diminuir a crise nas usinas por causa da estabilização do preço da gasolina nos últimos dois anos. Com isso, o etanol deixou de ser uma opção econômica. Na última semana, o combustível subiu até R$ 0,17. Agora, com a diferença maior entre os preços, o produto derivado da cana atraiu mais consumidores.
Combustível estrangeiro
Em Corumbá, a 415 km de Campo Grande, na fronteira do Brasil com a Bolívia, o preço da gasolina também está alto e chega a custar R$ 3,58 em alguns postos. Após o reajuste no preço dos combustíveis, o valor do litro da gasolina subiu cerca de R$ 0,22 e o diese cerca de R$ 0,15.
Uma das alternativas para quem mora na região é abastecer na Bolívia, onde o preço da gasolina custa cerca de nove bolivianos, o que corresponde a cerca de R$ 3,20. Mas, do outro lado da fronteira só é permitida a venda dos combustíveis pelo preço internacional, medida determinada pelo governo boliviano.
Apesar do preço atrativo, muitos brasileiros preferem não arriscar, por não confiar na qualidade do combustível. Para os bolivianos, o preço do combustível no país é mais barato, fator considerado um problema para órgãos de segurança: o contrabando. A Receita Federal fica em estado de atenção com preços mais altos no Brasil.
Em dezembro de 2014, a Receita Federal apreendeu 300 litros de gasolina pura de origem boliviana, em um depósito de Corumbá. Durante o ano foram 71 apreensões envolvendo contrabando de combustíveis. Cerca de 4 mil litros de diesel e gasolina foram apreendidos.
FONTE : G1 MS
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