No município de Amambai a batalha contra a dengue ocorre ano a ano. (Foto: Vilson Nascimento) |
Entre os municípios da região dois podem ser apontados como em situação alarmante. Iguatemi, que, segundo a Secretaria de Saúde local, conta com 800 notificações e cerca de 700 casos já confirmados da doença, e Itaquiraí, que, segundo a Prefeitura, até o dia 2 de março, contava com 522 notificações e pelo menos 124 casos confirmados.
Já Caarapó conta com apenas duas notificações e nenhum caso confirmado e Mundo Novo com quatro notificações, sem casos confirmados, estão em situação.
Em Amambai a Secretaria de Saúde havia registrado até o final de semana, 94 casos suspeitos de dengue. Segundo o secretário de saúde, Sérgio Perius, dessas 94 notificações, durante os testes rápidos realizados no município mesmo, 23 deram positivo para a doença, mas a confirmação oficial que é realizada pelo LACEN (Laboratório Central do Estado) em Campo Grande, demora dias para sair tendo em vista a grande demanda.
No município de Paranhos, foram registrados no início do ano até o momento 165 notificações e 35 casos confirmados de dengue, mas as estimativas são que pelo menos 35% desses casos são de brasileiros que residem no Paraguai, se infectaram com o vírus no país vizinho, mas acabam utilizando a saúde pública na cidade brasileira. Segundo a Prefeitura, equipes da Vigilância Epidemiológica, da Saúde e das demais secretarias tem se empenhado ao máximo para conter o avanço da doença, mas o município vizinho de Ypejhú, no Paraguai, não tem desenvolvido ações nesse sentido, o que torna um obstáculo a mais para conter a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, na cidade brasileira. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul, Paranhos foi o único município do Cone Sul a registrar morte por dengue até agora, neste ano de 2015. A vítima foi uma mulher de 37 anos.
Já no município de Sete Quedas, que a exemplo de Paranhos faz fronteira seca com o Paraguai, a Secretaria de Saúde notificou de 1 de janeiro o dia 2 de março, 184 casos suspeitos de dengue. Segundo o secretário de Saúde, Daniel Amorim, apesar do alto número de notificações, o município não tem nenhum caso da doença confirmado oficialmente ainda tendo em vista a demora do Lacen em emitir os laudos das amostras encaminhadas. “Acreditamos que desses 184 casos notificados, mais da metade sejam confirmados como positivo para a dengue, mas ainda não temos essa informação oficialmente”, disse Daniel Amorim.
Ações intensificadas
Nos municípios de Itaquiraí e Iguatemi, onde as notificações e os números confirmados da doença são considerados alarmantes, as prefeituras iniciaram uma verdadeira operação de guerra à doença e ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Segundo o secretário de Saúde de Iguatemi, Agnaldo dos Santos Souza, o “Zorba”, além das equipes de saúde, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e agentes comunitários de saúde, a Prefeitura contratou mais 25 pessoas para atuarem na prevenção da doença e mutirões envolvendo as secretarias de Saúde, Obras Públicas e Educação, além inclusive de equipes do Exército Brasileiro, estão empenhadas em ações de combate a dengue, atuando tanto na sede do município como no Assentamento Auxiliadora, distante 80 quilômetros da cidade.
De acordo com o Secretaria de Educação de Iguatemi, que tem a frente a secretária Julice Ravagnani, a cidade abraçou a causa e vai lutar contra a doença no município, implantando gincanas nas escolas visando envolver alunos e toda a comunidade escolar no combate e prevenção ao mosquito transmissor da dengue.
Conscientização
O combate ao Aedes aegypti e a prevenção à dengue é atribuição do Poder Público, mas só surte efeito com a participação efetiva de toda a sociedade, que deve fazer sua parte, mantendo terrenos e quintais limpos e evitar a presença de água parada que pode servir de berçário para a criação e a proliferação do mosquito transmissor. A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença.
Fonte: O Progresso
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