Romário é condenado por ofensas a chefão da CBF

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O senador Romário (PSB-RJ) pode ter de pagar R$ 20 mil de indenização para o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo Del Nero. O ex-jogador foi condenado por danos morais após declarar que Del Nero, em 2013, então no comando da Federação Paulista de Futebol (FPF), deveria “ficar 100 anos na cadeia”. Na última quinta-feira (26/3), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) interpretou como desrespeitosa a fala de Romário ao afirmar que o então presidente da FPF deveria estar preso, sem apontar os motivos da acusação. As informações são do site Consultor Jurídico (Conjur).

Na ocasião, Romário não só distribuiu ofensas a Del Nero, mas também chamou de “ladrão” José Maria Marín, antecessor de Del Nero no comando da CBF. Marín foi flagrado na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2012, colocando uma das medalhas da premiação no bolso. Passado este episódio, o comandante da CBF foi denunciado por consumir energia elétrica de um vizinho de forma ilegal, prática conhecida como “gato”.

Romário não perdoou os incidentes. Em evento realizado em setembro de 2013 na sede do Corinthians, em São Paulo, o senador disse: “A CBF tem um presidente que é ladrão de medalha, ladrão de luz, ladrão de terreno. Esse cara deveria pegar no mínimo 100 anos de cadeia. E o pior é que pelo que eu estou vendo por aí, se as coisas não mudarem no Brasil, a gente vai ter um novo presidente da CBF que está nesse grupo, que também deveria pegar 100 anos de cadeia, que é o senhor chamado Marco Polo Del Nero”.

O senador carioca recorreu ao TJ-SP. Romário argumenta que sua crítica foi direcionada a administração do futebol brasileiro, e não a Marín e Del Nero especificamente. O ex-jogador também foi processado pelo ex-presidente da CBF. Nesse caso, a ação foi julgada pelo Superior Tribunal Federal, que deu ganho de causa para o pessebista graças à prerrogativa de imunidade parlamentar. A assessoria do ex-jogador espera que o mesmo aconteça com o processo movido por Del Nero, que ainda tramita em primeira instância.

Fonte: Em Foco