Duas mulheres morreram no domingo (24) enquanto aguardavam vagas para hospitais de Campo Grande. As duas foram submetidas a respiração manual e ficaram na espera em Unidades de Pronto
Atendimento (UPA) da capital sul-mato-grossense.
Em decorrência da superlotação nos hospitais, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que tem buscado reduzir a falta de leitos hospitalares. Por sua vez, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirma que o Hospital Regional enfrenta uma superlotação de leitos de UTI de emergência e que, nos últimos dias, tem atendido até 70% acima da capacidade.
Uma das vÃtimas aguardava atendimento na UPA do bairro Coronel Antonino. O segundo óbito foi da paciente de 54 anos que aguardou 18 horas por uma vaga. Ela teve várias paradas cardÃacas, foi estabilizada, mas não resistiu e morreu. Segundo a famÃlia, ela precisou utilizar o respirador manual porque o aparelho da UPA estava estragado.
Na semana passada, sete pacientes foram submetidos a respiração manual por falta de leitos na UTI.
O método, conhecido como ambu, é um procedimento usado apenas em casos especÃficos de emergência. É considerado uma medida alternativa. Segundo especialistas, o recomentado é que o paciente utilize o aparelho porque, manualmente, o profissional de saúde não tem controle sobre o oxigênio.
A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública de Campo Grande foi motivo de uma ação civil pública, movida pelo Ministério Público, contra a prefeitura e o governo do estado.
A promotoria de Justiça da saúde cobrou providências, no fim do mês passado, devido à superlotação nos hospitais.
O órgão informou que a Justiça deve intimar estado e municÃpio para cobrar o cumprimento de uma decisão que proÃbe que pacientes fiquem mais de 24h internados em Upas e centros regionais de saúde, enquanto aguardam vagas em hospitais.
Fonte: G1
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