[ Fotos Divulgação ] |
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Açúcar e do Álcool de Naviraí, teve a desagradável missão de apresentar aos empregados da Usinavi, a proposta da diretoria da Usina Naviraí (Usinavi), do grupo Infinity Bio Energy, que tem 70% do controle acionário em posse do grupo Bertin.
Logo após dizer que os diretores da usina estavam propondo que os funcionários peçam demissão e dizer que provavelmente o corte de cana para a moagem na industria sediada em Naviraí só aconteça a partir de fevereiro, dos mais de 500 trabalhadores, na reunião realizada no salão do Navi Clube, deram as costas e saíram. Menos de 100 ficaram até o final.
Mesmo assim, no Sindicato surgem os primeiros trabalhadores que estao aceitando a proposta, porque arrumaram empregos em outros locais. As maior reclamação é a falta do acerto, com rescisão contratual homologada, para permitir a liberação da carteira de trabalho.
Os trabalhadores da usina localizada na margem da rodovia BR-163 e rio Amambai (sete quilômetros ao sul da cidade de Naviraí, na divisa com o município de Itaquiraí) querem receber à vista seus direitos trabalhistas, tais como férias, décimo-terceiro, indinização de 40% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS e outros benefícios.
Segundo o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias do Açúcar e do Alcool - Altair Custódio, a empresa quer fazer o pagamento em dez parcelas, mas os trabalhadores querem o recebimento à vista.
Embora há quem diga que o número de demitidos possa ter chegado a 300, só 160 deles estão inclusos na ação coletiva que foi entregue na Vara de Justiça do Trabalho, em Naviraí. Alguns procuraram auxílio jurídico fora do Departamento Jurídico do Sindicato.
Ao todo, entre demitidos e os que ainda estão com o vínculo empregadício com a Usinavi / Infinty Bio energy, são mais de 1,5 mil trabalhadores, entre os quais há industrários, eletricistas, motoristas de caminhões, mecânicos, operadores de máquina, soldadores, eletricistas e metalúrgicos, entre outros profissionais.
Os mais de 800 trabalhadores no corte de cana foram demitidos no final de ano, incluindo 300 indígenas, devido a sazonalidade que leva anualmente á dispensa dias antes do natal com promessa de reabertura dos postos de trabalho, para o recomeço da safra (corte de cana), que historicamente acontece entre os dias 15 de abril e primeiro de maio.
Neste ano não haverá corte de cana e a volta anunciada da indústria em fevereiro é uma incógnita. Os fornecedores de cana ainda tem pagamentos pendentes à receber. E os trabalhadores vinculados a usina voltaram a ter pagamento atrasado, mas ainda não falaram em novas movimentações e protestos.
Fonte: Sulnews
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