Paranhos -PCC declarou guerra para assumir o tráfico na fronteira diz Jornal

A chacina é resultado da guerra desencadeada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital)

 A insegurança e medo de novos ataques estão instalados na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai desde a tarde de segunda-feira (19), quando cinco pessoas foram mortas com cerca de 100 disparos de fuzil e pistola em Paranhos.

A chacina é resultado da guerra desencadeada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) para assumir o comando do tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, segundo o jornal paraguaio ABC Color.
 

Segundo o jornal ABC Color, testemunhas afirmam que o ataque pode desencadear uma guerra no mundo do crime. Isso por que entre os mortos está Arnaldo Andrés Alderete Peralta, conhecido como narcotraficante de Ypejhú, cidade vizinha a Paranhos.

Desde a tarde em que aconteceu a chacina, moradores de Paranhos, município que tem pouco mais de 13 mil habitantes, vivem um misto de pavor e tristeza. Um boato de que as vítimas não seriam os únicos alvos e que outros atentados estariam "programados" se instalou e gera terror na cidade.


De acordo com o prefeito Julio Cesar de Souza, a população está assustada com a situação que é "inédita" no município. Além disso, o boato de que "mais gente pode morrer" tem causado pânico entre os moradores. "É muito triste, porque essas pessoas que faleceram tem parentes aqui. É uma tragédia que deixa o alerta para as autoridades estaduais e federais sobre a segurança na fronteira, nós precisamos de ajuda, porque com essa fronteira aberta estamos vulneráveis", considera o prefeito.


Ainda de acordo com o jornal, a região é dominada por pessoas comandadas pelo ex-prefeito de Ypejhú, Vilmar Acosta Marques, conhecido como "Neneco", e a ação seria o primeiro conflito entre eles e o PCC. Neneco é acusado de matar o jornalista Pablo Medina Velázquez do jornal ABC Color, está preso na Polícia Federal de Campo Grande e aguarda a conclusão do processo de extradição no Supremo Tribunal Federal.


Investigação

Policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e das policias Militar e Civil de Amambai e Sete quedas tiveram de se deslocar ao município, para dar apoio nas investigações e garantir a tranqüilidade da população.


Conforme o delegado da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, responsável pelas investigações, no local do crime foram apreendidos 97 projéteis de fuzil e sete de pistola calibre 9 milímetros, além de objetos das vítimas, três carros e uma moto, para a realização de perícia. A polícia ainda não sabe a motivação e não tem suspeitos sobre a autoria do crime registrado como homicídio doloso.


Das cinco vítimas fatais, Bruno Vieira de Oliveira, de 26 anos, morava em Paranhos. Mohamed Youssef Neto, de 31 anos, residia em Minas Gerais, enquanto Arnaldo Andres Alderete Peralta, 32 anos e Rodrigo da Silva, 28, eram moradores de Ypejhú, cidade paraguaia, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul. A Polícia não informou oficialmente onde morava Denis Gustavo, 24 anos. Já Anderson Cristiano, 27 anos e Diego Zacarias Alderete Peralta de 26 anos, que ficaram feridos e ainda estão internados, seriam residentes em Ypejhú.


Diego Zacaria Alderete Peralta, um dos sobreviventes da chacina de Paranhos, foi levado no início tarde de ontem para São Paulo, numa UTI do ar. Diego, que é irmão de Arnaldo Andres Pereira, uma das vitimas fatais da chacina, foi levado ainda na tarde de segunda-feira de avião para Dourados e como se quadro se complicou, depois de ter uma das pernas amputadas no início da tarde de ontem foi levado para a capital paulista.


Fonte: Campo Grande News

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