O cantor, teria tomado conhecimento da situação dos indígenas da etnia Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul e o boicote aos shows no estado foi uma forma de protesto. |
Talvez nenhum outro músico brasileiro tenha uma agenda de shows tão ocupada quanto Luan Santana. Após turnê de sucesso em Angola e prestes a embarcar rumo a uma série de apresentações pelos Estados Unidos e Portugal, a curta estadia do Gurizinho em solo tupiniquim está sendo marcada por numerosos assédios de produtores interessados em tê-lo como atração principal em festivais de fim de ano.
Porém, Luan demonstrou que não está disponível para todos que querem e podem pagar por tal privilégio, já que recusou generosos cachês oferecidos para cantar em eventos de seu estado, o Mato Grosso do Sul. Problemas de saúde? Agenda cheia? Máscara? Quem procura os motivos usuais irá se surpreender com a realidade.
Segundo a assessoria do cantor, teria tomado conhecimento da situação dos indígenas da etnia Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul e o boicote aos shows no estado foi uma forma de protesto. Em nota aos fãs, Luan se pronunciou: “nos últimos oito anos, 250 índios Guarani Kaiowás foram assassinados no estado. No mesmo período, ocorreram contra eles 190 tentativas de assassinato, 49 atropelamentos e 176 suicídios. Ao menos um indígena se suicida por semana! Acho que o Mato Grosso do Sul não tem o que festejar, mas diminuir a gigantesca dívida que temos com esses índios. Peço desculpas aos meus fãs e ao meu povo sul-mato-grossense. Porém, me sinto envergonhado por ignorar a situação dos Guarani Kaiowá e não quero prosseguir como cúmplice silencioso desta violência. Como último pedido, gostaria de ver menos o meu nome nos trend topics do Twitter e em seu lugar a divulgação deste genocídio que, através do nosso silêncio, ajudamos a promover. #GenocidioGuaraniKaiowa”
Fonte: DiarioPernanbucano
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