Mais um policial civil é agredido por preso custodiado em delegacia do MS

[Divulgação Sinpol-Ms]

Em quatro dias, Mato Grosso do Sul registra mais um caso de agressão à policial civil dentro de delegacia. Na manhã desta quarta-feira (25), o investigador Anderson Garcia da Costa lotado na Delegacia de Pedro Gomes, foi brutalmente agredido por um preso que aparenta ter distúrbios psicológicos. Segundo consta, o investigador foi golpeado na cabeça e no abdômen. 

Ele foi encaminhado para atendimento médico na cidade de Coxim e está sendo encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em razão da gravidade dos ferimentos. A agressão só cessou após o investigador alvejar a perna do agressor, que foi levado para atendimento médico na própria cidade. 

Seu estado de saúde é considerável estável e não apresenta risco de morte.
 
De acordo com o presidente do Sinpol-MS, os fatos ainda estão sendo checados e a entidade está dando todo suporte ao colega. “Nossa primeira preocupação é dar a assistência médica ao policial. 

Neste momento, o vice-presidente do Sinpol-MS, Paulo Queiroz, juntamente com uma equipe do Garras, está a caminho de Coxim para encontrar com a ambulância e traze-lo escoltado até a capital. Pedimos a oração de todos os policiais civis e da população pela vida do Anderson”, declarou Giancarlo.

Tragédia anunciada

Em coletiva de imprensa realizada nesta semana, o Sinpol-MS alertou sobre o risco a que os policiais civis se expõe ao custodiar detentos e apresentou dados que comprovam o cenário caótico da custódia de presos nas delegacias de polícia em Mato Grosso do Sul. Das 49 delegacias, 29 estão com ocupação entre 12,50% a 450% excedente em sua capacidade. Na delegacia de Pedro Gomes constam 10 presos custodiados.
 
“Inúmeras vezes alertamos sobre o risco a que os policiais se expõem ao desempenhar uma tarefa para qual não foram treinados. O policial civil forma-se na academia para investigar e solucionar crimes, não para vigiar presos. Nós cobramos da administração pública que comece imediatamente a retirada dos detentos das delegacias ou que coloquem agentes penitenciários dentro das delegacias. Até quando esperaremos que os policiais civis paguem com suas vidas o descaso das autoridades?”, enfatizou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.

Fonte: Sinpol-MS