Policial vive momentos de terror nas mãos de presos rebelados que conseguem fugir

[Obemdito] O policial teve ferimento por todo corpo

 O investigador da Polícia Civil Laércio Graciano da cidade de Icaraíma no interior do Paraná, passou momentos de horror nas mãos de cinco presos que se rebelaram na manhã de ontem, domingo (3). Ao abrir uma das celas para o banho de sol, por volta das 8h30m, ele foi atacado, espancado e feito refém.

Ele estava sozinho na delegacia, que tem quatro celas e mais de 30 presos, mais que o dobro da capacidade. Além da superlotação, falta pessoal e estrutura para o trabalho.

Um dos bandidos, Juraci de Oliveira Lopes, conhecido como “Corimba”, roubou a arma do policial e tentou atirar várias vezes contra ele. Frustrado por não conseguir destravar a pistola, Corimba atacou Laércio violentamente, com socos, chutes e coronhadas.

Dieferson Rodrigues Peres, João Paulo Barbosa da Silva, Luiz Carlos dos Santos e Elizeu Miranda de Souza também participaram das agressões e fugiram juntamente com Corimba, o chefe da rebelião. Eles são acusados de crimes como tráfico de drogas, latrocínio, assassinato, entre outros.


[Divulgação] Os foragidos são Juraci Oliveira Lopes, Dieferson Rodrigues Peres, João Paulo Barbosa da Silva, Luiz Carlos dos Santos e Elizeu Miranda de Souza

Socorrido por presos do regime semi-aberto que testemunharam tudo, o policial foi levado muito machucado ao Hospital Municipal. Foram mais de 20 pontos só na cabeça. Laércio tem lesões por todo o corpo e está com o rosto muito inchado.

Em 25 anos de serviços prestados, essa é a primeira vez que acontece algo assim com o policial. “Eu poderia ter morrido. O bandido puxou o gatilho várias vezes”, disse o policial.

Sem estrutura

A delegacia tem capacidade para 16 presos, mas estava com 32 no momento da rebelião. Os agentes penitenciários trabalham de segunda a sexta-feira, 40 horas semanais e atuam apenas nos serviços de manutenção. Nos fins de semana e feriados, toda a segurança e até mesmo os serviços gerais, como servir a comida dos detentos, acaba ficando a cargo dos policiais, que são apenas dois.

Para piorar, a escala do plantão deles é de 7 dias de trabalho por 7 dias de folga, 24 horas por dia. “É uma escala exaustiva. Falta pessoal, falta estrutura, falta apoio.... Até quando vamos pagar esse preço? Hoje foi eu e quem será o próximo?”, se questionou o policial.


Fonte: Tá na Mídia Navirai

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