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O Palácio do Planalto já passou a admitir que não tem o número necessário para barrar o impeachment, embora a versão oficial seja de que o governo conta com cerca de 200 votos
Com a debandada de mais dois partidos da
base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), PSD e PTB, seus
integrantes deverão votar pelo sim, ou seja, pelo impeachment da
presidente República. O Palácio do Planalto já passou a admitir que não
tem o número necessário para barrar o impeachment, embora a versão
oficial seja de que o governo conta com cerca de 200 votos.
articuladores da presidente que estão diretamente ligados a Câmara dos
Deputados, em Brasília, contabilizam “com segurança” 160 votos, ou 12 a
menos do que o necessário para impedir a derrota da petista no plenário
da Câmara.
Embora a contabilidade seja “mais ou
menos” essa, o placar sobre os votos favoráveis e contra ao impeachment
de alguns dos principais jornais do Brasil e do mundo divergem sobre o
assunto. Por exemplo, no jornal Estadão o placar mais atualizado é de
343 votos favoráveis ao impedimento de Dilma permanecer no cargo, 15
indecisos, 27 não quiseram ainda se pronunciar e 128 contrários ao
impeachment. Já os principais jornais dos Estados Unidos dizem
seguramente que a oposição da petista não conta nem com 300 votos.
Na busca por “barrar” a debandada, a
presidente resolveu fazer pressão, pessoalmente, sobre parlamentares que
ainda apoiam o governo a fim de assegurar os votos que precisa. Na
esfera de Mato Grosso o número de parlamentares que estão favoráveis ou
contra continua o mesmo, ou seja, cinco votos para que a presidente seja
impedida contra apenas três para que ela permaneça no cargo.
No PMDB, que no estado é comandado pelo deputado federal Carlos Bezerra, paramentares que estavam apoiando o governo admitem a redução drástica de votos em favor de Dilma. A bancada peemedebista se reúne na quinta-feira e deve formalizar o voto pela saída da presidente do cargo ou não. Há uma ação forte de deputados do PMDB, com o aval do grupo do vice-presidente Michel Temer, com ameaças de negar legenda aos candidatos a prefeito que ainda resistem em ficar contra o impeachment.
Em reunião que teve a participação do ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD), a bancada da agremiação oficializou o voto a favor do impeachment. Pelas contas dos deputados, apenas 8 dos 38 mantinham disposição de votar contra o impedimento. No entanto, no encontro todos deixaram claro que não haverá punição a quem votar contra. Kassab não tinha anunciado se deixaria o cargo diante da decisão da legenda.
No PMDB, que no estado é comandado pelo deputado federal Carlos Bezerra, paramentares que estavam apoiando o governo admitem a redução drástica de votos em favor de Dilma. A bancada peemedebista se reúne na quinta-feira e deve formalizar o voto pela saída da presidente do cargo ou não. Há uma ação forte de deputados do PMDB, com o aval do grupo do vice-presidente Michel Temer, com ameaças de negar legenda aos candidatos a prefeito que ainda resistem em ficar contra o impeachment.
Em reunião que teve a participação do ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD), a bancada da agremiação oficializou o voto a favor do impeachment. Pelas contas dos deputados, apenas 8 dos 38 mantinham disposição de votar contra o impedimento. No entanto, no encontro todos deixaram claro que não haverá punição a quem votar contra. Kassab não tinha anunciado se deixaria o cargo diante da decisão da legenda.
Já no PTB, 15 votam a favor do
impeachment e 4 ainda estavam indefinidos. Entretanto, não se sabe ainda
se o cenário mudou ou se permanece com o mesmo quadro. No PMDB, a
ofensiva foi para tentar barrar a ação de caciques do partido nos
estados, principalmente no Nordeste, que pressionam os deputados a votar
contra o impedimento.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O Supremo Tribunal Federal barrou a ação
movida pelos advogados de Dilma sobre a alteração no dia e na ordem de
votação. Juristas aliados à petista buscavam alterar a data da votação
de domino (17), mas o STF julgou improcedente o fato. Outra
busca”frustrada” dos advogados foi quanto a ordem de votação. Enquanto o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) determinou que
a votação fosse feita dos estados do Sul para o Norte do País, os
advogados queriam que fosse por ordem alfabética, assim como feito no
caso do ex-presidente Fernando Collor de Melo. A tentativa “caiu
novamente por terra”.
INVASÃO
Toda a reviravolta do impeachment de
Dilma Rousseff fez com que o Brasil tivesse várias cenas que, de certa
forma, podem ser consideradas inusitadas. Por exemplo, a Polícia
Rodoviária Federal constatou pelo menos 30 ônibus vindos da Bolívia para
o País com a desculpa que os bolivianos iriam assistir o impeachment.
Os integrantes do país vizinho disseram que vieram dar apoio a Dilma no
Palácio do Planalto. A Polícia Militar de Goiás fez abordagens a pelo
menos 30 ônibus, na altura da cidade de Goiânia, novamente com
bolivianos que vieram para o ato pró-Dilma. Todos estão passando por
triagem.
RESPOSTA
Na manhã desta sexta-feira (15) muitos
manifestantes se posicionaram em avenidas estratégicas do Estado de São
Paulo e Bahia. Um grupo de manifestante pró-Dilma bloquearam desde às
6h30 da manhã a Rodovia dos Imigrantes, na altura do km 16. Um carro de
som foi manobrado na pista, no sentido de trava-la, e várias pessoas
seguraram bandeiras em apoio a petista. Um ponte em SP também foio
bloqueada. Em ambos os caso a PM foi acionada e está no local tentando
dispersar os grupos.
Já na Bahia, segundo o jornal Folha de
São Paulo, ao menos 2,7 mil ônibus deixaram a cidade em direção a
Brasília para apoiarem a presidente. Várias pessoas da cidade foram
afetadas com a falta do serviço básico de transporte.
Fonte: 24Horas News
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