Acadêmicos "acampam" em reitoria por edital de vestibular

Os estudantes alegam que só sairão do local, após ser publicado no edital as inscrições para o vestibular- Fotos: Joandra Alves


Os alunos do curso de licenciatura em educação do campo - ciência da natureza e humanas - realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (21), na reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e prometem permanecer no local até que haja um posicionamento da administração sobre inscrições para o vestibular 2016.

De acordo com as acadêmicas do curso Eliane Bezerra da Silva de 18 anos e Natália Pereira Andrade de 20 anos, eles só irão sair do local após ser publicado estar em aberto as inscrições para o vestibular visando 60 vagas para o curso, sendo 30 para ciências da natureza e 30 para humanas.

"Não temos um posicionamento se de fato o vestibular vai sair, então estamos aqui manifestando para que isso. A previsão era que seriam abertas as inscrições no dia 05 de outubro o que não aconteceu. O medo é que ele não saia e com isso o curso seja extinto e assim não venham mais recursos.

Outros assuntos entram na pauta, como participar das discussões em como serão aplicados os recursos destinados para o curso, somos contra a PEC-241 entre outros", contou a estudante do terceiro ano, Eliane.

Segundo a jovem, o curso de alternância funciona da seguinte forma, os alunos são da reforma agrária e também indígenas que moram no campo, em comunidades e assentamento de várias regiões do estado, dentre elas Corumbá, Sidrolândia, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Itaporã, Dourados entre outros, que vem ao campus integrado da universidade e durante 15 dias permanecem com aulas em período integral.

Após esse período eles retornam para suas casas e regiões com trabalhos que serão desenvolvidos dentro da comunidade num período de dois meses. Atualmente o curso conta com 160 alunos.

"Neste fim de semana seria para nós retornamos para as nossas casas, porém sem esse posicionamento vamos permanecer aqui e esperar até que seja publicado no edital", disse Eliane.

Acadêmicos de outros cursos como direito, biologia, psicologia, movimentos estudantis, relações internacionais também participaram da manifestação em apoio aos alunos. No pátio da reitoria foram colocados no gramado cartazes e um caixão simbolizando a morte do curso.

Na ocasião, o pró-reitor Márcio Eduardo de Barros juntamente com representantes do centro de seleção. Segundo o centro, o edital ainda não havia sido publicado por questões burocráticas, dentre elas a cobrança de uma taxa de inscrição no valor de R$ 20, que estava sendo estudada entre as partes (universidade e centro de seleção) para que ficasse isenta, já que se à tivesse seriam necessários prazos para pedido de isenção, assim como para pagamento e ainda para verificar os que foram quitados.

Segundo o pró-reitor Márcio Eduardo de Barros, por conta do curso ser de alternância a realização do edital é um pouco diferente dos outros cursos da universidade, porém a reitoria e os demais técnicos responsáveis irão trabalhar para resolver a questão e assim publicar o edital.

"Vamos nos reunir com os técnicos e o processo de seleção e solucionar a questão deste ano e acredito que seja publicado ainda hoje o edital", contou Barros.

Fonte: Dourados News



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