PRF diz que teste havia apontado cocaína no produto- Foto: Divulgação |
Eliseu relata que em cima do banco, em sacolinhas, estava o veneno que o pai comprou em Mundo Novo. "Era o Roundup, veneno de matar mato", diz o filho.
O empresário Paulino Gregório dos Santos, 57, foi preso após a equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) confundir pacotes com herbicida que ele transportava em uma caminhonete com cocaína. Ele ficou 21 dias atrás das grades, conforme o Campo Grande News.
O fato ocorreu quando ele seguia na BR-163, entre Mundo Novo e Cascavel- PR. O produto que somou 298 g e foi confundido com cocaína, foi o "primeiro caso de falso positivo" registrado no Paraná, de acordo com a PRF.
O empresário Eliseu Gregório filho de Paulino relatou ao Campo Grande News que no dia 3 de agosto, o pai seguia de Mato Grosso do Sul para o Paraná em uma Toyota Hillux, quando na BR-163, no município paranaense de Quatro Pontes, o veículo foi abordado por equipe da PRF. O destino da viagem era Cascavel, onde buscaria o filho Eliseu no aeroporto.
Eliseu relata que em cima do banco, em sacolinhas, estava o veneno que o pai comprou em Mundo Novo. "Era o Roundup, veneno de matar mato", diz o filho.
Testes feitos no produto acusaram a presença de cloridrato de cocaína. Posteriormente, o homem foi preso. "Fizeram a prisão em flagrante por tráfico e aprenderam veículo e celular. Meu pai ficou das 13h às 18h sem poder avisar ninguém da família, nem esposa, filhos. Não pôde avisar ninguém que estava preso", relata Eliseu.
Horas depois, o filho conseguiu contato no celular do pai e foi informado pelo escrivão de que o pai estava preso.
O empresário seguiu para Marechal Rondon e acompanhou saga até o pai ser liberado. "O delegado encaminhou o material para Curitiba e foi feito laudo na polícia científica, que comprovou que não era cocaína", diz.
Nesses 21 dias, Eliseu conta que o pai ficou preso em uma cela com 98 pessoas, num espaço projetado para abrigar 25.
"Quando o laudo chegou, o advogado passou as informações para o delegado, que sensibilizado, informou o juiz no mesmo dia. O juiz concedeu o alvará de soltura", relata o filho.
Paulino foi liberado da delegacia em 25 de agosto.
"Ele está bem abalado. No dia em que saiu disse que prefere passar por Palotina, aumentando a viagem em mais de cem quilômetros para não passar por Marechal Rondon. Ele emagreceu quase seis quilos. É um homem simples" diz o filho.
Nascido em Mato Grosso do Sul, Paulino se divide entre Toledo (onde tem casa) e Mundo Novo, onde auxilia o filho na concessionária. A família vai pedir indenização por danos morais e pelos gastos com advogado. Também será pedida reparação por dano material ao veículo, que sofreu estragos na revista para localizar mais droga.
Fonte: Grande Fm
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