A produção recorde de milho no ciclo de inverno deve levar Mato Grosso do Sul a registrar na temporada 2016/2017, a maior produção de grãos de sua história. É o que apontam dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo o levantamento de safra divulgado pela Conab nesta terça-feira (12), os agricultores sul-mato-grossenses estão colhendo na segunda temporada do cereal, 9,609 milhões de toneladas. Se confirmada essa projeção é o maior volume já produzido pelo estado.
Representa um incremento de 56,9% frente as 6,125 milhões de toneladas do ciclo de inverno anterior (2015/2016).
Somente a segunda safra de milho, deve representar, de acordo com a Conab, 51,12% de toda a produção de grãos de Mato Grosso do Sul no período, que é projetada em 18,796 milhões de toneladas.
A companhia aponta que esses excelentes resultados se devem as condições climáticas favoráveis a cultura do milho desde o início do plantio, ao bom aporte tecnológico e ao manejo adequado dos solos. A produtividade deve atingir 91 sacas por hectare, a segunda melhor já registrada em Mato Grosso do Sul, inferior apenas à da safra 2014/2015, que foi de 94 sacas por hectare.
Outros 45,62% da produção de grãos do estado no ciclo vem da soja, que nesta safra atingiu a marca em Mato Grosso do Sul de 8,575 milhões de toneladas. O restante está distribuído entre o milho primeira safra (261,5 mil toneladas), arroz (93 mil toneladas), algodão (49,1 mil toneladas) e o feijão (45,4 mil toneladas).
Se confirmada a estimativa da Conab para este ciclo em Mato Grosso do Sul, será a maior produção de grãos nos 40 anos do estado. Até então o recorde, de acordo com a companhia, era do ciclo 2014/2015, quando foram colhidas nas lavouras sul-mato-grossense 16,728 milhões de toneladas.
Alternativas para estocagem
A Conab destaca que em razão da produção recorde de milho, os produtores do estado estão tendo de buscar alternativas para armazenarem os grãos, com o uso, por exemplo, de silos-bolsa.
Apesar do baixo percentual de comercialização, em comparação com as safras anteriores, decorrente dos preços baixos pagos ao produtor, há o escoamento do produto para pagamento de dívidas para a liberação de crédito para a próxima safra e também para o cumprimento de contratos”, destacou a companhia no levantamento.
Fonte: G1/MS
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