Morto em tiroteio com a polícia era 'caçado' por executar PM no interior paulista

Klebinho: de ladrão de carros a um dos empresários do tráfico na fronteira - Foto: Reprodução/Justiça Federal

Natural de Presidente Prudente (SP), Kleber da Silva Rodrigues, conhecido como Klebinho, foi identificado como um dos homens mortos por policiais civis de Mato Grosso do Sul durante operação desencandeada no último sábado (10), em Ponta Porã.




Rodrigues era conhecido das páginas policiais da região chamada como 'oeste paulista' desde os anos 2000, quando figurava como ladrão de carros.

A vida mudou em maio de 2011, quando Klebinho executou um sargento da Polícia Militar paulista em Presidente Epitácio (SP), em seu 'batismo' (como são chamados os rituais de entrada) para a facção crimonosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Desde então, segundo investigação da Justiça Federal, o traficante atuou como um dos 'torres' (como são chamados os líderes) da facção em Pedro Juan Caballero, que fica na divisa com Ponta Porã. Na classificação de autoridades, ele foi identificado como astuto com contas e bom no planejamento e controle do fluxo do tráfico, sua presença no Paraguai atendia dois requisitos: abria espaço para o controle total do PCC na região com a então execução de Jorge Rafaat, que ocorreu em 2016, e o deixava longe do radar principalmente da Polícia Militar de São Paulo, que o procurava.




O Portal Correio do Estado apurou que até mesmo membros do serviço secreto da Rota (tropa de elite da polícia paulista) chegaram a procurá-lo em Presidente Prudente, principalmente em oficinas mecânicas e rachas clandestinos de carros, no qual frequentava e era conhecido na cidade.

O CASO

Roney Marques de Souza, 23 anos, baleado pela polícia durante operação contra o crime organizado, morreu na madrugada desta segunda-feira (12), no Hospital Regional de Ponta Porã. Operação foi desencadeada na região de fronteira depois da execução do investigador Wescley Vasconcelos Dias, 37, na última semana.

Após a morte do policial, investigadores do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil iniciaram uma série de ações, que deve continuar até a prisão dos autores do crime.




Em uma das ações, na tarde de sábado (10), policiais foram até uma casa após receberem informações de que a residência servia de hospedagem para O PCC. Três homens estavam na residência e foi dada voz de prisão a eles.

Roney pegou uma bolsa, onde havia uma pistola 9 mm com carregador modificado. Por conta da ameaça, ele foi baleado e encaminhado ao Hospital Regional, onde morreu hoje.

Os outros dois foram presos, mas ao chegar na delegacia, um deles reagiu, agora identificado como Klebinho, desarmou um policial e fez disparos contra a equipe, que reagiu para conter a ação. O criminoso foi baleado e morreu no local.




Na residência foram encontrados um fuzil AK 47 com duplo carregador, mesmo tipo de arma usada na execução do policial, e uma pistola 9 mm.

HISTÓRICO

A Justiça Federação já havia condenado Klebinho à revelia por tráfico internacional de drogas em 2012, após ele ser ligado a uma apreensão de cocaína ocorrida em 2013, em Rio Brilhante.




Desde então, ligações rastreadas pelo Ministério Público Federal com apoio das autoridades paraguaias revelaram que Klebinho tinha como uma das principais funções recrutar integrantes do PCC no Paraguai.

Uma das mensagens, naquele mesmo ano, mostra o traficante preocupado e exigindo reuniões com Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, preso neste mês no Rio de Janeiro e então 'sintonia' (chefe geral) da facção na fronteira para mostrar seus planos ousados, entre eles até o de sequestrar e extorquir brasileiros que trabalhassem no país vizinho.




As autoridades agora investigam a relação de Klebinho com Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, apontado pelas autoridades como o novo sintonia do PCC na fronteira de Mato Grosso do Sul. Uma das hipóteses apuradas é a de que o policial civil possa ter sido morto como compensação para agradar o novo chefe dos criminosos.





Fonte: Correio do Estado




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1 Comentários

  1. Conheci o clebinho quando ele tinha uns 10 anos, seu primeiro homicídio foi se não me engano aos 15 anos.
    Sempre foi muito envolvido e respeitado entre os bandidos da cidade, infelizmente seu fim não seria bom, tendo em vista sua infância esposta ao crime desde que nasceu.
    Fico triste em saber o mal que a falta de educação e estrutura nas familias, produzem mais historias de horror contra a sociedade, ate quando teremos uma educação moldada por comunistas estragando nossos jovens????
    Infelizmente quem mais perde são as famílias de quem trabalha honestamente.
    Meus sentimentos aos familiares e amigos de todas as vítimas.

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