Preso por contrabandear cigarro entrava em leilão para recuperar veículos apreendidos: 'Ousadia', diz delegado

(Foto: Reprodução/TV TEM)

O dono de uma loja de carros preso por comandar uma quadrilha de contrabando de cigarros com a família comprava os próprios veículos apreendidos pela Polícia Federal vendidos em leilões. Ednaldo Sebastião da Silva foi preso em Sorocaba (SP) nesta terça-feira (17) durante a Operação Homônimos.




Foram expedidos 35 mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Além de Ednaldo, outro homem apontado como chefe de uma quadrilha de contrabando também foi preso, mas não teve o nome divulgado. Três pessoas são consideradas foragidas.

A operação também contou com agentes nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.

De acordo com Eduardo Fontes, delegado da PF, Ednaldo atuava no ramo há pelo menos 10 anos e mantinha uma vida de luxo "empregando" parentes no crime. Para camuflar o contrabando, o criminoso mantinha uma empresa de compra e venda de veículos em Sorocaba, segundo a polícia.




Segundo a investigação, ele utilizava os veículos para transportar os produtos, que chegaram a ser apreendidos diversas vezes com os carros.

"Depois que o carro ia a leilão, os criminosos participavam e para comprar o veículo apreendido. A investigação constatou isso partir de gravações telefônicas e por identificar os veículos em outras ocorrências. Foi muita ousadia", afirma o delegado.


A loja de carros, segundo o delegado, era usada como fachada para a movimentação de dinheiro da quadrilha. Os carros eram colocados à venda com preços acima do praticado no mercado. "A intenção não era vender. Se você chegasse lá para comprar ia ver que não tinha condição e iria desistir da compra. Essa era a estratégia para ter os carros e usar para o crime", explica Fontes.




O suspeito foi preso em casa, por volta das 7h. No local, a equipe apreendeu uma TV, dois carros, duas armas e R$ 200 mil. O advogado de defesa dele não foi localizado. A investigação começou em agosto de 2017 com escutas telefônicas e constatou o negócio controlado pela família.

Fonte: G1




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