Marcelo Piloto foi preso em Encarnación, no Paraguai, em dezembro de 2017; ele aguarda julgamento de dois processos em Assunção — Foto: Reprodução/TV Globo |
A juíza paraguaia Alicia Pedrozo autorizou a extradição de Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto. O brasileiro, apontado pela polícia como o principal fornecedor de drogas e armas para o Brasil, está preso no Paraguai desde dezembro de 2017.
De acordo com a decisão divulgada no sábado (27), Marcelo Piloto só poderá ser entregue às autoridades brasileiras depois da conclusão de dois processos abertos contra ele no país vizinho: um por homicídio e outro por produção de documentos falsos e violação da Lei de Armas.
O primeiro caso aguarda julgamento de um recurso na Corte de Apelações do Paraguai. O outro ainda não foi julgado. Os dois casos têm previsão de dois meses para serem concluídos.
No Brasil, Marcelo Piloto deve
cumprir pena de mais de 26 anos de prisão a que foi condenado por latrocínio e roubo.
O G1 tenta localizar o advogado de Marcelo Piloto.
Segundo as investigações, carro com explosivos seria usado no resgate do brasileiro Marcelo Piloto, preso no Paraguai — Foto: Polícia Nacional do Paraguai/Divulgação |
Resgates frustrados
O processo de extradição foi acelerado depois de a polícia paraguaia frustrar dois planos de resgate do brasileiro, que está preso em Assunção.O primeiro foi descoberto no dia 4 de outubro, quando cinco pessoas foram presas suspeitas de estarem preparando o plano. Em três casas ocupadas pelo grupo na capital Assunção foram encontradas armas, munição e explosivos.
A segunda tentativa de resgate foi frustrada na quarta-feira (24), quando três brasileiros suspeitos de serem membros do Comando Vermelho foram mortos em uma ação conjunta da Polícia Nacional do Paraguai e da Polícia Internacional (Interpol).
Na casa onde eles estavam, em Presidente Franco, a 10 km de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, os policiais encontraram dois carros com 85 kg de dinamite. Um deles estava preparado para ser explodido.
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