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A polícia somente o descobriu porque estava investigando um crime e soube do estelionato cometido por ele, que ficou conhecido como "doutor" no meio criminal.
"Nós conversamos, até agora, com uma das vítimas e ela fez o reconhecimento. A testemunha disse que, em um primeiro momento, ele cobrou R$ 1 mil. O pagamento foi no dia 29 de setembro e depois pediu mais R$ 875 e depois mais R$ 635 para cuidar do processo criminal. O falso advogado procurou a família de um suspeito de homicídio, dizendo que poderia atuar no caso e que inclusive já ganhou 40 processos no estado", afirmou ao G1 o delegado Roberto Guimarães, responsável pelas investigações.
Já na delegacia, parentes deste suspeito disseram ao delegado que o golpista já o tinha visitado. "Eu respondi a família que nenhum advogado entrou em contato comigo, nem tinha vindo na delegacia. E eles responderam: mas ele falou que já o visitou duas vezes, também o promotor e o juiz e que até tinha visto a prorrogação da prisão. Foi aí que nós começamos a ver quem seria esta pessoa e descobrimos se tratar de um golpista", comentou o delegado.
De pais de um preso, a família também se tornou vítima de um crime de estelionato. "Quando nós o encontramos, a vítima o reconheceu na hora. Mesmo assim, por um tempo, ele tentou me enganar dizendo que era advogado. Com as buscas, descobrimos que ele estava foragido do presídio da Gameleira, em Campo Grande. Aqui, nesta cidade, ele possui antecedentes por roubo a mão armada", ressaltou Guimarães.
O homem estava na 3ª Delegacia de Três Lagoas e foi encaminhado para a capital sul-mato-grossense, onde havia mandado de prisão expedido pela 2ª Vara de Execução Penal do município. Ele também foi indiciado por estelionato, com pena de até 5 anos e multa.
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