Segundo o relato, ele teria cometido o assassinato após ter oferecido uma carona para a jovem. No entanto, negou ter estuprado a garota. Michel disse que os dois mantiveram uma relação sexual consensual e que, em seguida, Rayane teria “surtado”.
Antes de embarcar no carro do autor do crime, Rayane já havia embarcado em outro veículo. A adolescente saíu de uma festa em um sítio em Mogi das Cruzes na madrugada de domingo (21) e pegou carona com um motorista de aplicativo até a Rodoviária de Guararema. A polícia ouviu o motorista, que garantiu ter deixado a jovem na rodoviária.
Michel trabalhava como segurança no local e, ao ver Rayane, ofereceu-se para levá-la até a casa dela, disse o delegado Rubens José Ângelo. No depoimento do assassino confesso, ele diz que viu a adolescente “cambaleando” e, depois, sentada em um banco. Disse ainda que perguntou se a garota estava bem, ofereceu água e sua jaqueta, mas Rayane negou. Por fim, ofereceu a carona, que a adolescente aceitou.
O rapaz garantiu que a jovem disse que queria “curtir a noite” assim que entrou no carro e ele teria sugerido que os dois fossem até uma balada em Jacareí, versão rejeitada pelo delegado. Para ele, a intenção de Michel já era levar a moça para um lugar ermo e estuprá-la.
O ato sexual “consensual”, segundo o assassino confesso, aconteceu no km 170 da Rodovia Presidente Dutra. Logo depois, Rayane teria se arrependido e ameaçado Michel, acusando-o de abuso sexual e prometendo uma reação do “pai policial”. A adolescente teria desferido um chute no rapaz, que teria a imobilizado com um “mata-leão” até a jovem desmaiar.
Michel admitiu que levou Rayane até a área de mata de Guararema, onde o corpo foi encontrado, e a asfixiou com um cadarço. Alguns quilômetros antes, na altura de Jacareí, o celular da moça foi localizado. Na madrugada do crime, naquela região, foi efetuada uma ligação daquele aparelho para a emergência, provavelmente um pedido de socorro.
A prisão temporária já foi decretada pela Justiça contra Michel Flor da Silva, que vai responder por homicídio quadruplamente qualificado e estupro.
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