Ele substitui Maurício Valeixo, nomeado diretor-geral da PF pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Flores vai comandar o trabalho dos policiais envolvidos na Operação Lava Jato e em operações de fronteira e tráfico de drogas. "O nosso objetivo, sem dúvidas, na Polícia Federal, é dar continuidade ao bom trabalho e aproveitar o que está disponível, no âmbito tecnológico especialmente", disse.
Durante o discurso de posse, o delegado falou da Lava Jato, operação que ele acredita ser não só a maior do Brasil, mas "talvez do mundo".
"Nós tivemos várias operações, que se destacaram em nível nacional e outras que não tiveram destaque, mas não por isso são menos importantes. Operações de combate, investigações em geral, de crime organizado, de crimes violentos, de lavagem de dinheiro...", afirmou.
Em seguida, ainda sobre combate à corrupção, Flores lembrou que Moro apresenta a governadores, nesta segunda-feira, um projeto anticorrupção e anticrime com alterações em 14 leis.
O texto prevê, por exemplo, modificar trechos do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei de Execução Penal, da Lei de Crimes Hediondos, do Código Eleitoral, entre outros.
"É exatamente isso que nós também nos propusemos aqui: fortalecer as investigações de modo a asfixiar o crime organizado, reforçando não só as nossas fronteiras, mas como diversas localidades do nosso estado, em que as células criminosas, cada vez mais, estão surgindo com maior frequência e causando um perigo ainda maior para a nossa sociedade", acrescentou.
Flores, por fim, ainda descartou o fim da Lava Jato.
"Eu recebo muito essa pergunta se a Lava Jato já acabou, quando vai acabar... Nós até achávamos que ela iria acabar dois, três anos atrás. (...) De dezembro pra cá, já foram seis oferecimentos de denúncias. E só esse ano, nós estamos em fevereiro, já foram duas fases da Lava Jato: 58ª e 59ª", explicou.
Posse de Luciano Flores como como Superintendente Regional da Polícia Federal, em Curitiba, nesta segunda-feira (4) — Foto: Amanda Menezes/RPC |
Além de Valeixo, outras autoridades estiveram presentes na posse, como o Procurador da República Deltan Dallagnol e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira.
Quem é Luciano Flores
O delegado é gaúcho e está na PF desde 2002. De 2014 a 2016, ele atuou na Operação Lava Jato e foi o responsável por executar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2016.
Flores foi delegado regional executivo da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo. Depois, assumiu a superintendente da PF no Mato Grosso do Sul até ser nomeado como chefe no Paraná.
Delegado da Polícia Federal, Luciano Flores Lima — Foto: Divulgação/PF |
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