Vídeo de jornalista viraliza nas redes como se fosse de vítima de Brumadinho

Reprodução 

Um vídeo do jornalista Sérgio Cursino intitulado "A gente vai embora" tem sido atribuído nas redes sociais, de maneira falsa, a Márcio Mascarenhas, dono de uma pousada em Brumadinho (MG) que morreu no desastre provocado pelo rompimento da barragem da Vale, há uma semana.





A informação enganosa viralizou nas redes sociais desde a última quarta-feira (30), quando Cursino publicou originalmente o vídeo em seu canal no YouTube. No Facebook, uma das publicações que faz a falsa associação já passa de 82 mil compartilhamentos. Esta e outras postagens semelhantes foram marcadas por Aos Fatos com o selo FALSO na ferramenta de verificação do Facebook (entenda como funciona).





No vídeo, Sergio Cursino declama um texto para refletir sobre a fugacidade da vida, com trechos como “a gente vai embora, toda nossa importância se esvai, essa importância que nós pensávamos que tínhamos, a vida continua, ela segue, as pessoas superam”. O mote da mensagem fez com que muita gente compartilhasse o conteúdo achando que teria sido gravado pelo dono da pousada Nova Estância, Márcio Mascarenhas, antes de morrer no desastre de Brumadinho (MG).

Os corpos de Mascarenhas e de seu filho, Márcio Coelho Barbosa Mascarenhas, foram identificados na última quarta-feira (30). A sua esposa, Cleosane Coelho Mascarenhas, também morreu em decorrência do rompimento da barragem da Vale. A pousada, que ficava perto da entrada da mineradora, foi soterrada pela lama.





Ao Aos Fatos, por mensagem de áudio, o jornalista Sergio Cursino disse que a atribuição enganosa do vídeo é uma "notícia fora de qualquer conexão" e que lamenta "pelo senhor que faleceu, pelas vidas que se foram nessa tragédia. O Brasil precisa mudar demais, a começar por nós próprios".





Cursino também desmentiu o vídeo em duas publicações no Facebook. Na primeira, publicada na madrugada desta sexta-feira (1º), ele comenta a republicação da história falsa pelo jornalista Cacau Menezes: “é um grande comunicador catarinense, passível de erro. Acontece: me matou, mas literalmente a vida segue”. Depois, em outra publicação, diz “sou o morto mais saudável do Brasil. E vivo”.

Fonte: aos fatos

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