Policiais paraguaios são presos por extorquir líder do PCC na fronteira

Matrix foi encontrado desidratado após três dias escondido na mata

Quatro policiais paraguaios foram presos hoje (11) na fronteira com o Mato Grosso do Sul acusados de extorquir familiares do bandido brasileiro Thiago Ximenes, o “Matrix”, apontado como um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Linha Internacional.
Matrix foi preso sexta-feira por equipes da Fope, um grupo de elite da Polícia Nacional, após passar três dias escondido no mato. A identidade dos policiais presos ainda é mantida em sigilo.





O bandido estava desidratado e mesmo armado com uma pistola 9 milímetros não esboçou reação. O parceiro dele, Reinaldo de Araújo, foi morto em confronto com policiais, na terça-feira de Carnaval.

Nesta segunda-feira, a imprensa paraguaia divulgou áudios revelando a tentativa de extorsão praticada pelos policiais, lotados na Comissaria da Colônia “Ko’ê Porã, no distrito de Villa Ygatimí – a 90 km de Paranhos (MS).





Os outros policiais que trabalham na mesma comissaria foram afastados e os quatro envolvidos levados para a Agrupación Especializada, de onde os dois brasileiros tinham fugido em dezembro do ano passado.

O ministro do interior, Juan Ernesto Villamayor, disse hoje que o comando da Comissaria foi “decapitado” para que o caso seja investigado. Ele considerou muito grave o áudio mostrando a conversa entre um dos policiais e o parente de Matrix.

Essa pessoa teria sido a responsável em levar o bandido do departamento (estado) de Alto Paraná para Canindeyú, onde o líder do PCC foi preso. “O contato desse policial era diretamente com Matrix”, afirmou o ministro.





O áudio mostra um suboficial identificado como Palácios conversando com outro suboficial, chamado de Mareco, sobre um pedido de dinheiro ao primo de Thiago Ximenes.


Fonte: Diário Online

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