Um morador da comunidade gravou o momento em que as águas do manancial se movimentaram e criaram um forte onda. A família da dona de casa Helena Siqueira acabava de passar com os filhos em uma pequena embarcação pelo local, que fica em frente a sua casa, quando se surpreendeu com um barulho alto e a movimentação estranha no rio.
“Só deu tempo a gente chegar e o meu filho quando foi subindo do barco aqui na escada caiu. Quando ele caiu, vimos aquela espuma, aquele negócio. Começou no meio do remanso. A gente tinha a sensação que aquele bicho pisava bem forte e começou a subir aquela coisa mais feia da vida. Ai veio e quando chegou perto da canoa, virou perto da beira da pasta. Foi muito feio e a sensação que deu era que ia acabar com o remanso”, conta Helena.
A moradora disse que não deu para ver nenhum animal em meio a movimentação das águas. “Ninguém viu nenhum bicho, mas era como se fosse um animal bem pesado que vinha pisando no chão do rio. E olha que o remanso é bem fundo”, disse a mulher que afirma já ter presenciado o mesmo fenômeno há quatro anos.
O vídeo repercutiu nas redes sociais, já que o Croa é um dos principais pontos de Cruzeiro do Sul. Alguns acreditam que pode ter sido cardumes de pirarucus em momento de desova, outros falam em jacarés gigantes e muitos analisam que a movimentação pode ter sido provocada por uma enorme serpente.
Gases no rio
Outra suposição dos moradores é que tenha sido o efeito de liberação de gases no fundo do rio. “A gente acha que pode ter sido petróleo ou uma coisa assim. Mas, só que quando veio na beira levou um bolo de capim que tinha”, conta Helena.
O condutor de barco Odair José Lima da Costa, que trabalha no transporte de turistas que visitam o local, também acredita que não tenha sido provocado por um animal. “Eu moro há 38 anos aqui e nunca vi nenhuma fera. Nunca nenhum animal atacou uma pessoa, nem boi e nem nada. Acho que pode ter sido gás mesmo porque ficou fervendo como uma panela de pressão”, disse Costa.
O professor de Biologia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Paulo Bernardes, também descarta a possibilidade do fenômeno ter sido provocado por um animal. “Não são animais. Não é jacaré, não é sucuri. Provavelmente, são gases que vêm do fundo do rio, o que é uma coisa normal”, analisa Bernardes.
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