Imagem mostra suspeito de provocar a explosão na Igreja de São Sebastião em Negombo, no Sri Lanka, no domingo (21) — Foto: CCTV / Siyatha News via Reuters |
O número de mortos na série de ataques no domingo de Páscoa (21) no Sri Lanka contra igrejas e hotéis de luxo, subiu nesta quarta-feira (24) para 359, segundo informações divulgadas por fontes oficiais.
O número de mortos passou de 321 para 359 nas últimas 24 horas, depois que vários dos mais de 500 feridos morreram, informou o vice-ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene.
Investigação
Os primeiros elementos da investigação sobre os atentados apontam para represálias pelo massacre em duas mesquitas na Nova Zelândia, informou Ruwan Wijewardene. O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques.
“As investigações preliminares revelaram que o que ocorreu no Sri Lanka foi em represália aos ataques contra os muçulmanos de Christchurch”, afirmou o ministro. Porém, Wijewardene não deu mais detalhes.
Em 15 de março, um homem fortemente armado invadiu duas mesquitas na Nova Zelândia, deixando 50 mortos.
Quarenta suspeitos de ter alguma relação com o ataque de domingo foram detidos, mas nem todos os suspeitos foram identificados. O Estado Islâmico, embora tenha reivindicado a autoria da ação, não apresentou provas de que os terroristas mantinham algum vínculo direto com o grupo radical. Por isso, a declaração deve ser vista com cautela.
Porém, o premiê do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, não descarta que o ataque tenha conexão com o grupo terrorista.
O governo atribui os atentados à organização radical islâmica National Thowheeth Jama'ath (NTJ). Anteriormente, o ministro da Defesa já tinha afirmado que investigações indicavam que o grupo tem vínculos com o relativamente desconhecido movimento islâmico radical na Índia, o JMI (Jamaat-ul-Mujahideen India).
As autoridades têm poucas informações sobre o JMI, exceto alguns dados revelados ano passado e que está ligado a um grupo de nome similar em Bangladesh.
O governo afirmou que pediu ajuda externa para rastrear ligações internacionais e a Interpol já anunciou que vai enviar uma equipe ao país asiático.
O FBI, serviço de inteligência da polícia dos EUA, vai dar apoio às autoridades de Sri Lanka nas investigações.
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