Adélio Bispo foi preso após agressão a Bolsonaro no Centro de Juiz de Fora e trazido para o presídio federal da Capital. (Foto: Arquivo) |
Decisão do juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), reconheceu que Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada no então candidato e hoje presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018, sofre de Transtorno Delirante Persistente, o que o torna inimputável. O magistrado também decidiu que o denunciado seguirá no Presídio Federal de Campo Grande até a conclusão da ação penal sobre o caso.
A decisão, conforme o jornal O Globo, segue pareceres médicos anexados pela defesa de Adélio e peritos escolhidos pela acusação –tanto do Ministério Público Federal como dos advogados de Bolsonaro, que reconheceram ser Adélio portador desse transtorno.
A decretação de inimputável impede que o denunciado seja punido criminalmente, o que, em caso de condenação na ação penal que tramita na Vara Federal mineira, levará Adélio a cumprir pena em um manicômio judicial.
Já as avaliações feitas sobre Adélio envolvendo como ele analisa o caráter ilícito da facada variaram entre a inimputabilidade e a semi-imputabilidade (esta última sendo tese do MPF). Vários exames foram realizados para balizar a decisão do juiz federal.
Savino também determinou que Adélio Bispo siga no Presídio Federal da Capital, para onde foi trazido após a prisão em 6 de setembro passado, uma vez que laudo psiquiátrico da defesa considerou o local como adequado para o tratamento.
Bolsonaro foi esfaqueado na tarde de 6 de setembro de 2018, quando participava de caminhada pelo Centro de Juiz de Fora. Ele era carregado por apoiadores quando sofreu a estocada no abdome, que o levou a ser internado na reta final do primeiro turno e passar por procedimentos cirúrgicos no intestino para colocação de uma bolsa coletora –retirada somente depois de sua posse, neste ano.
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