Os pais levaram a vítima ao posto de saúde do bairro Nova Bahia, que imediatamente acionou o Centro Integrado em Vigilância Toxicológica (Civitox) do Estado. O médico do órgão, Sandro Benites, foi até o local. Segundo ele, teste mostrou que o garoto já apresentava demora na coagulação.
"É assim que esse tipo de veneno age, levando a uma hemorragia interna e consequentemente à morte. Imediatamente aplicamos o antídoto. A resposta foi rápida", relata o médico.
Mesmo medicada, a criança foi transferida para o Hospital Regional, porque "o raticida age durante 72 horas. Optei pela transferência para que ele fosse internado em um local com mais recursos, caso viesse a apresentar alguma hemorragia", relata Sandro. Conforme o médico, hoje o menino ainda estava com a coagulação alterada e o caso é considerado grave.
Intoxicações com raticidas não são comuns em Campo Grande, diz o médico do Civitox. "As mais frequentes em crianças são com remédios ou produtos de limpeza, além das picadas de animais peçonhentos", diz Benites.
Evitar acidentes do tipo é possível guardando esses tipos de produtos em locais seguros.
"É sempre a mesma história da vigilância passiva, ou seja, ficar olhando a criança esperando evitar que ela consuma esse tipo de produto. Então tem sempre aquele 'virei as costas por um segundo e meu filho comeu ou bebeu o produto'. Isso não pode! A vigilância tem que ser ativa. Esses produtos têm que ser guardados longe do alcance das crianças. Se você for na casa de qualquer brasileiro e olhar embaixo do tanque, por exemplo, o que você acha? Produtos de limpeza", completa.
0 Comentários
Deixe seu comentário...