Jair Bolsonaro anuncia que testou positivo para o novo coronavírus

Foto: SERGIO LIMA/AFP via Getty Images

Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que testou positivo para o novo coronavírus. O presidente admitiu ter sentido sintomas da Covid-19 desde o último sábado e informou que procurou atendimento no Hospital das Forças Armadas (HFA) já na segunda-feira (06).

"Começou domingo com certa indisposição. E se agravou durante o dia de segunda-feira, com mal estar, cansaço, um pouco de dor muscular e febre chegou a 38ºC. Com esses sintomas e médico apontando para covid-19, fizemos tomografia no Hospital das Forças Armadas", disse o presidente admitindo não estar surpreso com o resultado.

O presidente afirmou que continuará despachando por video-conferência, informando que cancelou parte de sua agenda, incluindo uma viagem à Bahia.

"As medidas que estou tomando são para evitar a contaminação a terceiros. Chegou o exame há uma hora, resolvemos divulgar para que não houvesse qualquer dúvidas no tocante o que aconteceu comigo. Achava que já tinha pego lá atrás diante da minha atividade dinâmica junto a população", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro voltou a dizer que acreditar que o vírus atingirá boa parte da população, comparando-o como uma “chuva" que atinge muitas pessoas na rua. O presidente diz estar se sentindo bem, creditando o fato ao trabalho dos médicos e as substâncias que ingeriu antes do resultado do teste.

Mesmo sem ter conhecimento do seu diagnóstico, Bolsonaro começou a tomar hidroxicloroquina com azitromicina, ainda que esses medicamento não possuam uso eficaz comprovado pela ciência.

O presidente teve uma agenda agitada durante todo o último finalmente de semana. Bolsonaro visitou Santa Catarina (estado atingido pelo “ciclone-bomba") e depois ainda celebrou a independência dos Estados Unidos ao lado de Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, e Eduardo Bolsonaro, seu filho e deputado federal. Em diversos momentos, Bolsonaro foi visto sem máscara.

Na última semana, Bolsonaro vetou diversos pontos da lei federal que regulamentava o uso de máscaras no país. A medida, vista como mais uma ação negacionista do presidente, gerou repercussão negativa.

HISTÓRICO NA CRISE
Desde o início da crise mundial do coronavírus, o presidente tem dado declarações nas quais busca minimizar os impactos da pandemia e, ao mesmo, trata como exageradas algumas medidas que estão sendo tomadas no exterior e por governadores de estado no país.

Nos protestos de 15 de março, por exemplo, Bolsonaro desrespeitou recomendações do Ministério da Saúde e cumprimentou apoiadores. "Se eu resolvi apertar a mão do povo, desculpe aqui, eu não convoquei o povo para ir às ruas, isso é um direito meu. Afinal de contas, eu vim do povo. Eu venho do povo brasileiro." Depois, em pronunciamento em cadeia de rádio e TV, falou em "gripezinha ou resfriadinho".

FONTE: yahoo

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