Inscrições para seleção dos voluntários da 'Coronavac' começou nesta segunda-feira (13). (Foto: REUTERS/Claro Cortes IV) |
O governo de São Paulo abriu, nesta segunda-feira (13), as inscrições para os testes em voluntários da “Coronavac”, a vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
A fase de testes clínicos envolverá a aplicação e acompanhamento clínico de 9 mil voluntários em 6 diferentes estados no país. Nessa primeira etapa de testes, marcada para começar na próxima segunda (20), os voluntários deverão ser obrigatoriamente profissionais de saúde que estejam em atendimento à vítimas da Covid-19.
O voluntário deverá realizar um cadastro primário em um portal criado pelo governo de São Paulo. Sem colocar seus dados pessoais, o voluntário deverá preencher sua cidade, se possui registro em Conselhos Regionais de Saúde e identificar se trabalha ou não na linha de frente do combate ao novo coronavírus.
Também deverá responder se possui qualquer comorbidade ou são de grupos de risco para a doença; se está grávida; se já foi infectado pela Covid-19 anteriormente e se participa de algum outro estudo de vacina em andamento no Brasil.
Caso sejam considerados aptos, os voluntários são convidados a entrar em contato com os 12 centros de pesquisa que realizarão os testes para prosseguir com o cadastro. “Essa primeira etapa é totalmente sigilosa. Não é coletado os dados inicialmente e por isso é de forma anônima”, explica diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
OS TESTES E A SELEÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS
A “Coronavac” já foi submetida a testes em humanos na China. Na fase 1, as doses foram aplicadas em 144 voluntários, e na fase 2 foram ampliadas para 600 voluntários, todos na China. Se der certo, a estimativa é que esteja disponível à população em junho de 2021.Para avançar à produção de escala industrial, é esperado que a CoronaVac alcançe ao menos 85% de eficácia contra o novo coronavírus na fase 3, segundo Sérgio Cimerman, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas.
Covas também explicou que após a seleção dos 9 mil voluntários, a aplicação da vacina será “um para um” - um voluntário recebe a vacina, enquanto outro voluntário recebe um placebo, uma substância sem efeito. “A pessoa tem que estar próxima desses 12 centros e concordar em comparecer periodicamente para que sejam colhidas amostras de sangue para acompanhamento”, explicou Dimas Covas.
VACINA SERÁ TESTADA EM 5 ESTADOS
Além de São Paulo, a vacina será testada em outros cinco estados brasileiros: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. Na capital paulista, além do Instituto Butantan, os testes também serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; pelo Instituto de Emílio Ribas; e pelo Hospital Albert Einstein.Já em outras regiões do estado, foram selecionados os centros do Hospital das Clínicas da Unicamp; a Universidade Municipal de São Caetano do Sul; a Faculdade de Medicina de São José Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Fora do estado, a testagem da vacina será realizada pela Universidade de Brasília (UnB); pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro; no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais; no Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul; e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
A autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para início dos testes, aval aguardado pelo governo do estado, aconteceu na sexta-feira (4).
FONTE: Yahoo Notícias
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