Secretário do Ministério da Saúde orienta compra de remédios mesmo acima do preço: "ninguém vai preso"

Secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte - Foto: Reprodução/Globonews

O secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, chamou atenção ao orientar, nesta segunda-feira (13), gestores de hospitais a comprarem medicamentos mesmo se houver sobrepreço. Denúncia que tem sido comum em tempos de pandemia do novo coronavírus.

Em um videoconferência, organizada pela Câmara dos Deputados, para acompanhar as medidas de combate à pandemia adotadas pelo Rio Grande do Sul. Duarte então pediu a palavra e anunciou uma “resposta rápida de assessoramento".

"Quem está na função de ordenador de despesas ou quem está na função de gestor do hospital que vai fazer a compra de tais medicamentos, é muito simples: senhores, o medicamento está acima do preço. Comprem o medicamento fundamentado em salvar vidas. Ao mesmo tempo, os senhores abram um processo administrativo ou uma simples sindicância para apurar sobrepreço do medicamento", afirmou Duarte.

Para Duarte, se gestor der 'publicidade', 'ninguém vai preso'. Ele pediu ainda que a orientação fosse compartilhada aos demais gestores de hospitais. A declaração do secretário deve ser apurada pelo Tribunal de Contas da União.

Fraudes na saúde durante a pandemia têm motivado denúncias por todo o país. Os governadores Wilson Witzel (RJ) e Helder Barbalho (PA) foram alvos de investigações que apuram supostos desvios na área.

Ministério da Saúde sem titular


Mesmo durante uma pandemia que já vitimou mais de 72 mil pessoas no país, o Ministério da Saúde está sem um chefe titular desde o dia 15 de maio, portanto há dois meses. Atualmente, o general Eduardo Pazuello é o ministro interino da pasta.

Após atritos com Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a ampliação do uso da cloroquina (remédio que não possui eficácia comprovada contra a Covid-19) no país, Nelson Teich pediu demissão no dia 15 de maio.

Antes dele, Luiz Henrique Mandetta foi demitido depois de Bolsonaro discordar das diretrizes de isolamento social defendidas pelo ministro. A OMS (Organização Mundial da Saúde) defende o distanciamento como uma das medidas mais eficazes para frear o avanço pandemia até o momento.

FONTE: Yahoo Notícias

Postar um comentário

0 Comentários