Corpo encontrado em cachoeira perto da casa de João de Deus é de cidadã japonesa, confirma perícia

Foto: Arquivo Pessoal

A Polícia Civil de Goiás confirmou que o corpo encontrado na segunda-feira próximo a uma cachoeira em Abadiânia (GO) — a 80 quilômetros de Goiânia — é da cidadã japonesa Hitomi Akamatsu, 43. Segundo a polícia, a área onde ela foi encontrada faz parte do complexo de propriedades que pertence à Casa Dom Inácio de Loyola, de João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. Ainda de acordo com a polícia, ele não teria qualquer ligação com o caso.

Segundo as investigações, Hitomi Akamatsu foi morta na terça-feira da semana passada por um jovem de 18 anos de idade ao reagir a uma tentativa de assalto. O suspeito foi localizado pela polícia após a análise de câmeras instaladas nas ruas próximas ao local onde o corpo foi encontrado.

Hatomi teria saído de casa na terça-feira da semana passada, mas pessoas próximas a ela só registraram o seu desaparecimento no domingo. Na segunda-feira, com o apoio de cães farejadores, os bombeiros localizaram o corpo dela parcialmente enterrado perto de uma cachoeira conhecida por atrair pessoas em busca de tratamentos espirituais. À noite, o suspeito foi preso.

As imagens das câmeras analisadas pela polícia mostravam Hitomi caminhando pela rua que leva à área próxima à cachoeira e, minutos depois, mostravam o suspeito seguindo na mesma direção. Horas depois, as imagens mostravam apenas o rapaz voltando pela mesma rua com as roupas sujas e o que seria a camisa de Hitomi nas mãos.

Segundo o delegado Albert Peixoto Salvador, que conduz as investigações, o suspeito confessou o crime. Segundo ele, o rapaz disse que tinha uma dívida de aproximadamente R$ 600 em drogas e que saiu às ruas da cidade para praticar roubos e tentar pagar a dívida. Ainda segundo o delegado, suspeito disse que matou a japonesa porque ela reagiu e porque ficou com medo de que ela o denunciasse. O rapaz teria informado que matou a vítima por estrangulamento utilizando sua própria camisa.

O delegado informou que, apesar de o corpo ter sido encontrado em uma propriedade do complexo da Casa Inácio de Loyola, não haveria relação entre o crime e João de Deus, que cumpre prisão domiciliar em Anápolis. João de Deus foi condenado a mais de 60 anos de prisão por crimes sexuais.

"Aparentemente, não há nenhuma relação entre as duas coisas. Pelo histórico do suspeito, notamos que não há vinculação nenhuma com a Casa Dom Inácio de Loyola", disse o delegado.

De acordo com a polícia, apesar de o local onde a vítima foi encontrado ser uma propriedade privada, o acesso ao local não é restrito e isso facilita a chegada à área.

Albert Peixoto disse que o rapaz foi preso em flagrante por ocultação de cadáver e que ele também responderá por latrocínio (roubo seguido de morte).

Segundo o delegado, o suspeito já teve duas outras passagens pela polícia quando ainda tinha menos de 18 anos. Uma delas foi por estupro.

Albert disse que o corpo ainda está sendo periciado e para verificar, entre outras coisas, se há indícios de que ela foi ou não vítima de crime sexual. A polícia já fez o pedido de prisão preventiva do suspeito, mas a Justiça ainda não se pronunciou.

A Polícia Civil de Goiás já entrou em contato com o Consulado do Japão para verificar que destino corpo da vítima terá. Moradores de Abadiânia informam que ela morava sozinha na cidade. Ela teria vindo à região atraída pelas notícias sobre tratamento mediunicos de João de Deus e continuou na região mesmo depois que ele foi preso.

Segundo moradores, ela atuava como psicoterapeuta e atuava com terapias alternativas.

Fonte: Extra

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