A Polícia Civil do Piauí investiga o desaparecimento de um bebê após uma suposta adoção ilegal. De acordo com o órgão, há uma apuração do caso para identificar um eventual crime da própria mãe do recém-nascido que teria se arrependido de entregar o filho e gostaria de tê-lo de volta. A mãe alega que não tinha conhecimento de que a prática era ilegal.
De acordo com o UOL, Cleiciane Dias Flores, mãe do bebê e moradora da cidade de Palmerais, acreditou que, aos com seis meses de gestação, não teria condições de criar mais um filho quando desse à luz. Ela é mãe solo e já cuida de três filhos, de 10 anos, de 8 anos e de 4 anos.
Ao jornal, a dona de casa contou que dois dias depois do parto entregou o recém-nascido para uma mulher que se identificou como Maria Rodrigues de Souza. Segundo ela, a mulher teria sido apresentada a ela por Mychelly Feitosa, vereadora eleita em Palmerais pelo Republicanos.
Segundo o jornal, Cleiciane relatou que de início tinha o interesse de entregar o filho legalmente. No entanto, ao comentar sobre o assunto com a vereadora Mychelly ela contou que tinha uma prima que gostaria de cuidar do bebê. Por esse motivo, ela entregou o recém-nascido à mulher.
Cleiciane alega que não tinha conhecimento de que a ação era ilegal. "Eu comentei com a vereadora que queria doar, colocar no orfanato para doação (sic). Ela falou que tinha prima que queria", afirmou. "Eu me arrependi demais e não sabia que era um crime. Se eu soubesse, não entrava nisso", completou.
Segundo a mãe do bebê, a vereadora foi procurada, alguns dias depois de ter entregado a criança, pois ela que havia se arrependido da decisão. Porém, ela teria dito apenas que procurasse Maria, mulher que ficou com a criança. No entanto, a mãe do bebê não conseguiu localizar a mulher, que havia contado à dona de casa que morava em Brasília (DF).
"Eu procurei o Conselho Tutelar de Palmeirais e conversei com Michelly na frente deles. Eu disse que me arrependi e Michelly disse que não tinha nada a ver e que era para procurar a mulher. Depois do Conselho, fui na Delegacia de Nazária, prestei depoimento e registrei o BO [Boletim de Ocorrência]", relatou.
Até o fechamento desta reportagem, a mulher que teria “adotado” a criança não foi localizada. Cleiciane também alega ao UOL que não sabe onde o bebê está.
Conforme o comunicado da Polícia Civil, "por força de lei, as investigações são protegidas por segredo de Justiça". A polícia não deu mais detalhes sobre a apuração. A reportagem não conseguiu contato com o delegado do caso.
Fonte: Yahoo
0 Comentários
Deixe seu comentário...