Enfermeira é investigada por mentir sobre eficácia da vacina: "Tomei para viajar"

A enfermeira Nathanna Faria Ceschim chamou vacina contra o novo coronavírus de "água"

A enfermeira Nathanna Faria Ceschim está sendo investigada pelo Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (ES), onde trabalha, após mentir sobre a Coronavac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Ela também foi denunciada ao conselho regional de enfermagem.

Em sua rede social, a profissional que atua na linha de frente no combate ao coronavírus disse que não acredita na eficácia do imunizante e que só aceitou receber a injeção para poder viajar. A enfermeira ainda publicou vídeos em que aparece sem máscara no hospital.

Nathanna, que se autointitula “bolsominion raiz” (termo pejorativo para se referir aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, contrário à vacinação), afirmou que uma vacina com 50,38% de “segurança” é como “água”, uma inverdade, já que testes provaram que a Coronavac impede o desenvolvimento de sintomas moderados e graves da Covid-19 e, consequentemente, uma internação.

A taxa de 50,38% divulgada pelo Butantan se refere à chance de desenvolver sintomas muito leves da doença, sem a necessidade de ser hospitalizado.

“Tomei por conta que quero viajar, e não para me sentir mais segura. Uma vacina que dá 50% de segurança para mim não é uma vacina. Tomei foi água”, disse Nathanna, que foi imunizada na última terça-feira (19) e publicou os vídeos mentirosos na sexta.

Em nota, o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitoria afirmou que “em hipótese alguma compactua com este tipo de pensamento e que em toda a sua história sempre defendeu e esteve ao lado da ciência, e não seria agora que mudaria sua postura, em um momento tão difícil”.

“Acreditamos na vacina e esperamos que, em breve, não só os funcionários, mas toda a sociedade possa ser imunizada”, continuou.

Ao tratar sobre o vídeo sem máscara no hospital, a Santa Casa afirma que se trata de prática proibida e que isso é de conhecimento de todos os funcionários desde o início da pandemia.

“O hospital abriu uma investigação para apurar a conduta da funcionária e irá tomar as medidas que forem necessárias para garantir a segurança de seus pacientes e a manutenção das normas e condutas fundamentais para o bom atendimento assistencial”, finalizou.

Com informações do jornal Folha de S.Paulo Fonte:

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