Duas equipes da Polícia Nacional do Paraguai foram recebidas a tiros nesta quarta-feira (21) na reserva ambiental Campos Morombí, no Departamento (equivalente a Estado) de Caagazú, no Paraguai. A área fica a 120 quilômetros do território sul-mato-grossense.
A reserva é ocupada por plantadores de maconha e por trabalhadores sem-terra que tentam se instalar nas terras, mas a polícia suspeita que os autores da emboscada tenham sido ladrões de gado.
O suboficial Guido Martínez Barrios, 30, e o inspetor Eber Antonio Fretes Morales, 35, ficaram feridos pelos tiros. Eles integram o Grupo Especial de Operações da Polícia Nacional do Paraguai.
Segundo o jornal ABC Color, Guido levou tiro no ombro e Eber foi atingido no braço, possivelmente por tiro de arma calibre 22. Os dois receberam atendimento em unidades de saúde da região e depois foram levados para o hospital da polícia na capital Asunción, onde passaram por cirurgia.
Por ordem judicial, a polícia mantém equipes no local há 9 anos por causa do confronto ocorrido em abril de 2012 que deixou 11 trabalhadores rurais e seis policiais mortos. A área onde ocorreram o confronto de 2012 e o atentado de ontem tem 54 mil hectares, boa parte de áreas ecológicas de preservação permanente.
A reserva ocupa parte dos territórios de Caagazú, Alto Paraná e Canindeyú. Este último departamento tem extensa área de fronteira com Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia paraguaia, a reserva é ocupada por todos os tipos de bandidos, incluindo traficantes, caçadores ilegais, ladrões de gado e grupos que desmantam a área ambiental para produzir carvão.
Fonte: Campo grande news
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