Homem é preso na recepção da Casa da Mulher Brasileira ao tentar impedir esposa de registrar agressões em MS

Caso foi registrado na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. — Foto: Sejusp-MS/Divulgação

Um homem de 28 anos foi preso na recepção da Casa da Mulher Brasileira ao tentar impedir a esposa de fazer o registro de agressões praticadas por ele na madrugada desta sexta-feira (4), em Campo Grande. Segundo a ocorrência, a motivação do crime teria sido ciúmes.

Conforme a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), durante as agressões, o suspeito passou a agredir fisicamente a vítima que tentou fugir, pulando a janela, já que a casa estava trancada. O homem que é engenheiro elétrico, ainda a perseguiu pela rua, alcançando-a e trazendo-a de volta arrastada, ora pelo braço, ora pelos cabelos e roupas.

Ainda segundo a vítima, o agressor jogou a mulher de volta pela janela, para o interior do imóvel, e iniciou uma violenta agressão a socos e tapas no rosto e cabeça, também batendo o corpo e cabeça da vítima contra a parede, provocando diversas lesões aparentes.

Conforme a ocorrência, durante as agressões, o suspeito ainda chegou a rasgar as roupas dela, deixando-a seminua, além de xingá-la. Depois, trancou a porta do quarto e escondeu a chave, mantendo a vítima em cárcere privado até o amanhecer, momento em que ele foi para o trabalho e a vítima pediu ajuda a familiares que a encaminharam até à Delegacia da Mulher.

Segundo informações da Deam, o suspeito rastreou a localização da vítima pelo GPS em seu celular e compareceu à Delegacia para tentar convencer a esposa a não registrar os fatos, causando temor a familiares da vítima que estavam na recepção. Em outra ocasião, ele havia ameaçado de morte mãe e irmã da esposa, caso a vítima contasse sobre as agressões.

O homem recebeu voz de prisão ainda na recepção da Casa da Mulher Brasileira e autuado em flagrante, aguarda audiência de custódia. Em interrogatório, confirmou a situação de ciúmes e afirmou que agrediu a mulher com um tapa no rosto, negando as demais agressões.

Sobre monitorar a vítima pelo GPS alegou que era um sistema de segurança que ambos usavam e um podia monitorar o outro, mas a vítima relatou ser uma atitude de possessão e intenso controle de sua pessoa e ações por parte do marido.

Fonte: G1

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