O “Conectando Corações”, há cerca de 30 anos, não só resgata, mas também transforma vidas de famílias de Campo Grande e interior do Estado. A idealizadora do projeto social, Adma Cândida da Silva Santos, em entrevista concedida ao programa Bate-papo com Cristina Gomes, disse que as ações não são voltadas somente às doações, mas principalmente busca fazer com que as pessoas assistidas adquiram autonomia, autossuficiência.
Adma tem a vocação comunitária em seu DNA. Filha de líder comunitário, ela já teve o seu trabalho reconhecido pela Câmara Municipal de Campo Grande, em 2017, quando recebeu o Prêmio Líder Comunitário “Sebastião Florêncio de Melo”; e pela Assembleia Legislativa do MS, em 2019, com a Medalha “Comenda Francisco Vilson Vilharva Barros”.
Entre as ações, realizadas pelo Conectando Corações, merecem destaque: campanha do agasalho; apoio às famílias venezuelanas; doações de cestas de alimentos, kits de bebê; festas de confraternizações; apoio às pessoas em situação de rua; e na pandemia, doações de máscaras produzidas pelos próprios voluntários.
O principal foco do projeto, ressaltou Adma, são as famílias, “resgatando a autoestima de seus membros, com o fortalecimento do vínculo entre eles. Buscamos ainda despertar as aptidões que possuem para que possam desempenhar atividades que lhes garantam geração de renda, tornando assim, autossuficientes”.
Já houve casos, lembrou Adma, de encontrar família que estava se alimentando, há uma semana, com farinha e água. “Têm famílias que ao receberem apoio se reconstroem de forma rápida; outras chegam a levar cinco anos ou mais. Por isso, fazemos um trabalho de acompanhamento, inclusive com participação de assistente social”, esclareceu.
Recomeçar
Outra ação importante desenvolvida ganhou o nome de “Recomeçar”, que faz a conexão entre aqueles que precisam de prestações de serviços, mesmo que esporádicas, com trabalhadores desempregados, ou de baixa renda. Conforme Adma, “não somos uma agência de emprego, mas podemos fazer esse elo com intuito de ajudar famílias que necessitam de oportunidades para se sustentar”.
Para Adma, que é psicopedagoga, temos que ser autores da nossa vida, acrescentando que “podemos tanto colorir, como deixar em preto e branco o nosso dia a dia. A escolha de estar nos bastidores ou no palco deve ser nossa também. Porém, o mais importante é sermos os autores de nossa história, fazendo com que as experiências vividas sejam transformadas em aprendizados”.
Fonte: Assessoria
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