Bandeira vermelha 2 da conta de luz terá alta de até 58% em setembro

Expectativa é de que suba dos atuais R$ 9,49 para um valor entre R$ 14 e R$ 15 a partir do próximo mês

Com uma crise hídrica que tem se mostrado mais longa do que o previsto, sem sinais de arrefecimento, o mercado já espera nova alta na taxa extra cobrada nas contas de luz a partir de setembro.

De acordo com o jornal O Globo, a bandeira tarifária deve subir dos atuais R$ 9,49 para um valor entre R$ 14 e R$ 15 a partir do próximo mês – o que implica aumento entre 50% e 58%, respectivamente.

A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve ser informada no máximo até a próxima terça-feira (31).

No Twitter, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados, disse nesta sexta-feira (27) que o governo encaminhará à Aneel um pedido de reajuste da bandeira tarifária.

A proposta é de que suba dos atuais R$ 9,49 para R$ 24, de setembro a dezembro deste ano, ou de R$ 9,49 para R$ 14, de setembro a maio de 2022. “Nesse caso, dependem das distribuidoras aceitarem prolongar o pagamento”, disse.

O valor será cobrado na chamada “bandeira vermelha 2”, patamar mais alto, que conta ainda as cores verde, amarela e vermelha 1. A taxa é cobrada a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

O valor atual está em vigor desde julho, quando a Aneel anunciou um aumento de 52%.

Contas de luz mais caras

Cabe ressaltar que, em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,89% ante julho – acima da alta de 0,82% esperada por economistas consultados pela Refinitiv e o maior resultado para um mês de agosto desde 2002.

A grande vilã do resultado foi justamente a energia elétrica, que teve aumento de 5% e foi responsável por 0,23 ponto percentual no índice do mês.

Em julho, a Aneel aprovou um aumento de 52% na taxa da bandeira vermelha 2, que passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh. Agora, contudo, o mercado espera um novo aumento de forma a bancar medidas contra o racionamento de energia elétrica.

Para a XP, a elevação deve ser dos atuais R$ 9,49 para R$ 11,50, em setembro, o que resultaria em um aumento de 12 pontos-base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Se o reajuste for entre R$ 15 e R$ 20, o impacto resultante ficaria entre 36 bps e 70 bps. Já no caso limite, que é tido como improvável, o impacto seria de 100 bps para R$ 25 a cada 100 kWh.

Fonte: infomoney

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