Apreensões de maconha têm queda e cocaína cresce nos últimos 5 anos em MS

Foto: ilustrativa/divulgação PC.

As apreensões de maconha caíram em Mato Grosso Sul, mas cresceram as de cocaína. Na contramão, Campo Grande teve aumento na quantidade de entorpecente apreendido. Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), MS também registrou queda nas prisões por tráfico de drogas em 2022.

Conforme a secretaria, em 2022, Mato Grosso do Sul registrou o menor número de maconha apreendida dos últimos cinco anos. De janeiro a dezembro de 2018, o Estado totalizou 2.776 apreensões. No ano seguinte, em 2019, o número saltou para 3.056.

Apreensões de maconha dos últimos cinco anos e quantidade do entorpecente apreendido.

Ainda referente a maconha, em 2020, MS teve o maior aumento de apreensões, sendo 3.548. Em 2021, foram registradas 3.295. Já de janeiro a dezembro de 2022, o Estado totalizou 2.708.

O mesmo não aconteceu com a cocaína. Em 2022, Mato Grosso do Sul registrou o maior aumento de apreensões da droga dos últimos 5 anos. De acordo com a Sejusp, em 2018, foram 1.477. De janeiro a dezembro de 2019, o Estado teve 1.800.

Em 2020, MS registrou 1.561 apreensões de cocaína. No ano seguinte, 2021, o Estado teve um pequeno aumento quando totalizou 1.694. De janeiro a dezembro de 2022, foi o maior número dos últimos cinco anos, sendo 1.859.

Apreensões de cocaína dos últimos cinco anos e quantidade do entorpecente apreendido.

Ainda de acordo com a Sejusp, em 2022, as prisões pelo crime de tráfico de drogas foi o segundo menor número dos últimos cinco anos, ficando atrás somente de 2018, quando teve 3.827 pessoas levadas para a cadeia.

Os dados divulgados pela secretaria apontam que de janeiro a dezembro de 2019, MS teve crescimento nas prisões por tráfico, totalizando 4.266. No ano de 2020, teve uma pequena queda, sendo 4.608.

De janeiro a dezembro de 2021, foram 4.443 prisões por tráfico de drogas. Já em 2022, os dados mostram que o número de pessoas levadas para a delegacia pelo crime diminuiu, totalizando 3.978.

Número de prisões por tráfico de drogas.

Maconha apreendida sobe em Campo Grande

Apesar da Sejusp apontar queda nos números de apreensões no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande o cenário é bem diferente quando o assunto é quantidade. O Midiamax conversou com o Delegado titular da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Hoffman D'Avila. A autoridade destaca que o ano de 2022 teve quase o triplo de maconha apreendida se comparar com 2021.

O delegado explica que em 2021, a Denar apreendeu 8 toneladas de maconha. Ano passado, o número quase triplicou, totalizando 22 toneladas. Só nas duas primeiras semanas de janeiro de 2023, a delegacia apreendeu 425 kg da droga.

Delegado Hoffman D'Avila, da Denar.

Em relação à cocaína, a quantidade da droga apreendida apresentou queda em Campo Grande. Conforme Hoffman, em 2021, foram 488 kg de cocaína e 2022 totalizou 297 kg. Só nas duas primeiras semanas de janeiro de 2023, a Denar já apreendeu 171 kg.

Ainda de acordo com o delegado, só nos dez primeiros dias de janeiro de 2023, foram 15 flagrantes realizados pela Denar, o que equivale a mais de uma pessoa por dia.

O que acontece com a droga após ser apreendida?

Não é recomendável que se mantenha o entorpecente guardado porque ocupa espaço, é difícil de ser controlado, não serve para nenhuma utilização lícita e é um produto economicamente valioso que poderia, portanto, ser furtado ou roubado, visto que, mesmo apreendido, continua a ter o mesmo valor para o crime.

As drogas apreendidas pela polícia são, por lei, incineradas, isto é, queimadas. O delegado Hoffman explica que quando ocorre uma apreensão de drogas, são realizados exames para constatar se o material é mesmo entorpecente. Caso a análise dê positivo, um juiz determina a destruição do material. Enquanto isso, tudo fica guardado, sob supervisão da Polícia Civil.

A empresa responsável pela incineração é contratada por meio de licitação e deve ter um forno de grandes proporções e que alcance temperatura superior a 800°C. A queima é acompanhada por policiais (entre eles, um ou mais delegados), representantes do Ministério Público, autoridades sanitárias e peritos. Após o procedimento, as cinzas são descartadas e levadas para aterros.

Fonte: Midiamax

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