Cartilha de Dunga corta até mordomia de jogadores

Sob a batuta de Dunga, a seleção brasileira tem um esquema rigoroso de comportamento definido em 16 tópicos listados em uma cartilha que é distribuída a todo jogador convocado. Chinelos, bonés, brincos, celulares e até manifestações políticas e/ou religiosas são vetados. E qualquer mordomia deve ser paga pelo próprio atelta.  
É o que revela reportagem da "Folha de S. Paulo" em sua edição desta quinta-feira, dia em que o técnico divulgará a lista de atletas que defenderão a equipe nacional em amistosos contra Turquia, em 12 de novembro, e Áustria, seis dias depois.
A cartilha, a qual o jornal teve acesso, já existia antes, mas foi, segundo a publicação, modificada pela nova gestão para criar maior rigor na conduta dos atletas. Na Copa do Mundo, com Luiz Felipe Scolari à frente do time, jogadores usavam bonés, brincos e chinelos na concentração.
O documento ordena, por exemplo, que os atletas calcem "tênis e meia" e sempre se apresentem em "traje social". Com o elenco reunido em preleções, vestiários e refeições, nada de celulares, iPads, laptops e outros equipamentos eletrônicos.
Na hora de comer, a orientação da cartilha é a de que os jogadores permaneçam no local até que todos os colegas tenham terminado suas refeições. Há um detalhe: o capitão, no caso, Neymar, deve ser o primeiro a deixar a mesa.
Manifestar-se política ou religiosamente também não pode. Cantar o hino nacional e obedecer rigorosamente os horários estipulados pela comissão técnica são outros itens da lista, que prevê até três tipos de punição para algum descumprimento:
1 - Advertência
2 - Multa
3 - Desligamento da delegação

Os convocados também assumem as "despesas extras", que incluem custos com excesso de bagagem, ingressos para os jogos e tarifas telefônicas. A CBF foi procurada pelo jornal, mas não se manifestou oficialmente sobre o assunto.