Promotor foi encaminhado ao presÃdio em uma viatura do Tigre (Foto: Carolina Sanches/G1) |
Carlos F. B. de Araújo foi preso no AP e trazido para AL nesta madrugada.Ele deveria ficar preso no Quartel dos Bombeiros, mas não há vagas.
O promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, 58, condenado a 76 anos de prisão por três estupros e oito atentados ao pudor contra duas filhas e uma enteada, deve ficar preso em uma cela no Quartel do Corpo de Bombeiros. Como ele ainda não foi afastado do cargo, tem direito a uma cela especial.Araújo foi encaminhado para o PresÃdio Baldomero Cavalcanti de Oliveira na manhã desta quarta-feira (25), após ser ouvido pelo delegado responsável, Manoel Acácio, na sede da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic).
De acordo com a assessoria do Sistema de Administração Penitenciária (SAP), o promotor vai para o presÃdio apenas para formalizar a prisão, mas tem que ser encaminhado ao Quartel dos Bombeiros devido ao cargo.
O problema é que não há vagas no quartel, segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros. Entretanto, segundo a assessoria de comunicação dos bombeiros, se há a determinação para custodiá-lo, ela será acatada.
Delegado explica procedimentos adotados na prisão do promotor (Foto: Carolina Sanches/G1) |
Segundo o delegado, Araújo chegou por volta de 2 horas em um voo comercial. Foram feitos os procedimentos cabÃveis para a preventiva como o boletim de ocorrência e a comunicação à famÃlia.
O delegado informou que o promotor estava tranquilo durante os procedimentos e chegou a falar por telefone com uma ex-esposa, a pessoa que a polÃcia contactou para comunicar da prisão. "Ele disse que tinha chegado a hora dele e falou muito em religião", contou.
A ação para localizar e prender o acusado foi determinada pelo secretário de Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça, sendo o trabalho coordenado pelo delegado-geral da PolÃcia Civil, Paulo Cerqueira, e acompanhado pelo promotor Antonio Luiz, coordenador do Grupo Estadual de Combate à s Organizações Criminosas (Gecoc).
Os policiais civis cumpriram mandado de prisão que havia contra ele, expedido também pelo TJ/AL.
Promotor foi levado para exames na Politec de Macapá (Foto: Abinoan Santiago/G1) |
Crimes
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, além dos estupros e
atentados ao pudor, o promotor de Justiça teria produzido pornografia
infantil com as vÃtimas.
Os crimes foram praticados por dez anos, entre 1993 e 2003. O caso foi denunciado em 2006 por uma das filhas do acusado.
A ação criminal foi recebida pela Justiça em julho de 2007. Paralelo à apreciação da denúncia, o Ministério Público afastou das funções o promotor de Justiça. Antes da condenação, ele ainda chegou a ser preso preventivamente em 2009, mas foi solto por excesso de prazo da prisão pela falta de julgamento.
Além dos 76 anos de prisão em regime fechado, Carlos Araújo foi condenado a pagar 250 dias multa de 1/3 do salário mÃnimo.
À época do julgamento, o advogado de defesa Welton Roberto pediu a absolvição do cliente pela acusação de estupro da filha mais velha, mas disse entender a condenação pelo atentado violento ao pudor contra outra filha e uma enteada, ao tirar fotos Ãntimas delas, no entanto, sem cometer violência fÃsica sexual.
Fonte: G1
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