Tite terá problema para escalar a zaga no início do Brasileiro [Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians] |
O setor mais confiável do Corinthians nos últimos anos pode ter uma brecha às vésperas do início do Campeonato Brasileiro. A convocação de Balbuena para defender o Paraguai na Copa América Centenário, em junho, e a possível suspensão de Yago por doping deixam aberta a vaga ao lado de Felipe. É a primeira preocupação do técnico Tite para a competição.
O caso de Balbuena está sacramentado. O zagueiro foi confirmado na lista de convocados do Paraguai e pode perder até nove jogos do Brasileirão – entre as rodadas 3 e 11. Ele é um dos mais cotados a assumir uma vaga entre os titulares após as eliminações do Corinthians em Campeonato Paulista e Taça Libertadores, mas só deve ganhar sequência depois da Copa América.
Yago, por sua vez, espera o resultado da contraprova do exame antidoping em que foi flagrado semanas atrás. O zagueiro pode ser punido pelo uso da substância betametasona (presente em um anti-inflamatório contra dores nos joelhos). Caso o exame dê positivo, ele será suspenso automaticamente por 30 dias.
Dessa forma, Tite teria dificuldades para armar o setor defensivo durante parte do primeiro turno do Brasileirão. Sem Yago e Balbuena, sobram apenas Vilson e Pedro Henrique como opções. Felipe é o único titular absoluto da zaga e já mostra preocupação.
– Nunca é bom perder jogadores, ainda mais num campeonato longo como o Brasileiro. Mas todos estão bem preparados. Quem entrar, vai dar conta do recado – resumiu Felipe.
O clube também estava de olho na possível convocação de Felipe para a Copa América, mas o defensor ficou fora dos planos desde a primeira lista de Dunga, com 40 nomes. Felipe participou do grupo que disputou as partidas contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Vilson foi contratado no início do ano depois de um Brasileirão regular pela Chapecoense em 2015. Sem se firmar, porém, fez apenas seis jogos pelo clube e foi relegado à posição de segundo reserva, atrás de Balbuena. Tite, porém, confia na experiência do jogador de 28 anos e costuma lembrar de Edu Dracena, também desacreditado, que foi reserva, mas fez boas partidas na campanha do título de 2015.
Pedro Henrique é cria da base e treina com o elenco há dois anos sem nunca ter participado de um jogo oficial. É considerado um zagueiro técnico e rápido, mas ainda sem rodagem para assumir a bronca em momentos difíceis. Mesmo assim, Tite o manteve no grupo e recusou a possibilidade de emprestar o jogador. No Brasileirão, Vilson e Pedro podem se tornar nomes mais frequentes na memória do torcedor.
Fonte: Correio do Estado
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