Ex-governador está na sede da Polícia Federal, em Campo Grande

André Puccinelli e seu advogado, Renê Siufi, na portaria da Polícia Federal [Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado]


O ex-governador André Puccinelli (PMDB) chegou por volta das 8h30 na sede da Polícia Federal em Campo Grande. Nas primeiras horas da manhã de hoje (10), agentes fizeram busca e apreensão no apartamento onde ele vive, no Centro da Capital.

Acompanhado do advogado Renê Siufi, que foi dirigindo o carro, André afirmou à imprensa que decidiu ir à superintendência da PF para saber o motivo do mandado expedido para busca em sua residência.

Mostrando serenidade e bom humor, comentou que não sabe informar o que a Polícia Federal estaria procurando em seu apartamento. "Isso precisa perguntar a eles", disse. "Recebi os agentes em trajes íntimos", comentou.

Antes de entrar no prédio da Polícia Federal, André Puccinelli chegou a comentar sobre o jogo do Santos contra o Audax, partida válida pela decisão do Campeonato Paulista, ocorrida no domingo (8).

"É bom que investiguem e, depois, no final, tenho convicção que pela quinta ou sexta vez digam que sou inocente. Entre 1997 e 2014, a conta bancária e a declaração anual de produtor a Receita Federal já vistoriou. Bens e imóveis, tudo já vistoriaram", disse.

Ele negou ter "laranjas" e considerou a investigação revistoria, em referência ao fato de que as denúncias já teriam sido averiguadas e arquivadas por falta de provas. "Hoje em dia não compensa ser agente político porque se não rouba, fica com pecha de ladrão. Não tenho foro privilegiado, então vão vistoriar até a cueca. Decidi não ser mais candidato", completou, e seguiu para ser atendido na PF.

NOVA FASE

A segunda fase da Operação Lama Asfáltica, desencadeada na manhã de hoje (9), cumpre 15 mandados de prisão temporária, 28 de busca e apreensão e 24 de sequestros de bens de pessoas investigadas em Campo Grande e Rio Negro (MS), e ainda, nos estados do Paraná e São Paulo.

A ação policial conta com 201 policiais federais, 25 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal. Além de Mato Grosso do Sul, outros alvos da operação são as cidades Curitiba e Maringá (PR) e Presidente Prudente e Tanabi (SP).

Na primeira a fase da Operação Lama Asfáltica, cujas investigações se iniciaram em 2013, foi constatada a existência de grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturam obras contratadas com a administração pública, mediante a prática de corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.

A organização criminosa atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestações de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.

Fonte: Correio do Estado



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