A garota foi localizada pelas investigações e depois compareceu à delegacia. “Essa vítima veio até a delegacia e confirmou o relato e as denúncias. Ela confirmou que se relacionou com ele quando ainda tinha 13 anos de idade, que ele forneceu bebida alcoólica para ela, que caracteriza outro crime”, afirmou Andrade. O “relacionamento” teria durado três anos, e a investigação contou com diligências no interior do estado.
Os dois se conheceram em um evento público em Curitiba e, conforme as investigação, o ex-BBB começou a mandar mensagens para a garota. A família da adolescente não tinha conhecimento do que ocorria até o momento em que a polícia chegou até a vítima.
Segundo a delegada, que pertence ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), a partir do momento que Laércio apareceu no reality show, surgiram diversas denúncias contra ele.
A investigação foi solicitada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Durante o programa, o ex-BBB afirmou que gostava de se relacionar com meninas mais novas. “Só aparecem novinhas mesmo, tipo 17, 18, 20”, disse Moura em 21 de janeiro durante conversa com a ex-BBB Ana Paula. A fala, de acordo com a polícia, deu início à investigação.
“Tudo nasceu na própria conduta dele dentro do programa. Ainda que as pessoas não acompanhassem muito, isso foi muito explorado midiaticamente e todos sabiam que existia uma declaração pública dele dizendo que gostava de meninas. Isso despertou uma suspeita em todo mundo” disse a promotora Tarsila dos Santos Teixeira.
A prisão é preventida, portanto, não há prazo para que o tatuador deixe a prisão. A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa dele, em Curitiba. Quando foi dada voz de prisão, ele agiu como se não soubesse o que ocorria, segundo relato da promotora.
Conforme a delegada, foram apreendidos objetos eletrônicos, como computador, pen drive, HD externo e celulares, que passarão por perícia para que se apure eventual crime de pedofilia.
“Junto à denúncia já vinham vários prints de postagem de redes sociais que ele fazia que, pela natureza das fotos, em um primeiro momento, sugerem uma exploração da sexualidade infantil e adolescente, que também é crime também”, declarou a promotora.
A Polícia Civil dará seguimento à investigação na tentativa de indentificar outras possíveis vítimas ou ocorrências de outros crimes. A delegada ressalta a importância dos pais acompanharem os relacionamentos dos filhos em redes sociais, em especial, dos adolescentes.
“O Nucria está a disposição para eventual denuncias deste caso ou de qualquer outro”, disse a delegada Daniela Andrade.
Fonte: IviAgora
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