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Ela foi violentada pelo avô, teve fotos nua tiradas e enviadas pelo pai e maltratada pela avó e pelo pai
A tia materna de uma adolescente de 14 anos registrou um boletim de ocorrência nessa quarta-feira (28) relatando uma série de acontecimentos trágicos na vida da menina ocorridos após a morte da mãe dela.Ela foi violentada sexualmente e teve fotos suas tiradas e enviadas pelo próprio pai ao avô e só agora encontrou alguém que a defendesse.
O caso foi registrado na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá). Quando a mãe da menina morreu, em 2018, ela passou a morar com o pai, mas, como sofria maus-tratos, foi levada para a casa dos avós paternos, em Porto Alegre (RS), naquele mesmo ano.
Na residência dos avós, a menina contou que dormia no sofá da sala e, por duas vezes sentiu alguém tocá-la e beijá-la e, ao acordar, não conseguiu ver quem era.
Como na casa só moravam ela, a avó e o avô, ela contou o ocorrido para a avó, que brigou com ela e disse que ela estava inventando. Com isso, a adolescente voltou a morar na casa do pai.
Ainda segundo a menina, após retornar para a residência do pai, o avô começou a enviar mensagens de cunho sexual para ela, incluindo fotos nuas dele.
Ela reclamou para o pai e mostrou a conversa com o avô. O pai, no entanto, disse para ela não contar a ninguém e para passar a fingir que estava gostando de falar com o avô, que ele mesmo iria resolver o problema.
Assustada, a menina não continuou a falar com o avô. Mas o pai entrou no Facebook dela e começou a falar com o pai dele, passando-se pela filha e, inclusive, mandando fotos nuas da filha para o avô dela.
Depois de todo o ocorrido, a menina passou a morar com a tia – irmã da mãe falecida -, em Sinop. Assim que soube de toda a história, a tia procurou a polícia para denunciar a família paterna.
Conforme relato da tia da adolescente, a menina já tentou suicídio quando estava morando em Porto Alegre, motivada pelo falecimento da mãe, os maus-tratos do pai e coisas ditas pela avó materna, como, por exemplo, que a adolescente era um “lixo humano” e que “não a considerava como neta”.
A menina possui cortes no braços. E há áudios no WhatsApp enviados pelo pai dela dizendo que ela tinha que enviar fotos para o pai dele – avô dela – e que sobraria para ela caso ela não o deixasse enviar as fotos – como ele fazia.
O caso foi registrado como “estupro de vulnerável”, “oferecer, trocar, transmitir, distribuir, divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, e “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente” – e será investigado pela Polícia Judiciária Civil.
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