Motorista de caminhão suspeito de matar três pessoas da mesma família diz que preferia ter morrido no lugar de vítimas

Polícia investiga motivos do acidente que matou três pessoas, em Ponta Grossa — Foto: Joel dos Santos/Arquivo Pessoal

Acidente aconteceu no dia 12 de agosto, em Ponta Grossa. Caminhoneiro disse em depoimento que perdeu controle dos freios e da parte mecânica do veículo, segundo delegado.


O motorista do caminhão que invadiu uma residência e matou três pessoas em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, prestou depoimento nesta quarta-feira (28). O idoso, de 60 anos, foi ouvido no 2º Distrito da Polícia Civil, na cidade.





O caso aconteceu no dia 12 de agosto na Vila Princesa, bairro Uvaranas. Dilson dos Santos, de 51 anos, Maricélia Aleluia Carneiro, de 28 anos, e Maria Valentina Aleluia, de um ano, estavam na casa e morreram. As vítimas eram avô, filha e neta.

De acordo com o delegado que acompanha o caso, Marcus Vinícius Sebastião, o idoso veio do interior de São Paulo e estava fazendo a entrega de uma carga de ração na cidade.

Conforme o delegado, o idoso relatou que perdeu o controle do veículo ao entrar na rua da casa que foi atingida. O local é uma descida.





"Quando ele foi tentar dar uma 'segurada', nas aspas dele, ele tentou pisar no freio, porque era uma descida. Aí ele percebeu que o caminhão perdeu o controle. Perdeu freios, perdeu embreagem, perdeu todo o controle da parte mecânica do caminhão", disse o delegado.

Ainda conforme o delegado, o caminhoneiro disse em depoimento que tentou tombar o veículo ao ver a casa, mas que a manobra não foi suficiente. O motorista disse ainda que não consegue se lembrar de alguns fatos.

"Ele lamentou demais o fato. No final disse que deveria ter sido ele no lugar da família. Estava muito emocionado, muito abalado", comentou o delegado.
O idoso relatou ainda na delegacia que fazia manutenção no veículo periodicamente. No entanto, de acordo com o delegado, o caminhoneiro não conseguiu comprovar as manutenções por meio de documentos.





"O caminhão estava em ordem documentalmente, a habilitação dele também estava em ordem", relatou o delegado Marcus Vinícius Sebastião.

Segundo o delegado, o caminhoneiro pode responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, se houver comprovação de imperícia ou imprudência.

Um ajudante que estava com o idoso deve ser ouvido. Outras testemunhas também devem prestar depoimento, conforme o delegado.
Homem foi ouvido no 2º Distrito Policial da Polícia Civil do Paraná, em Ponta Grossa — Foto: Viviane Mallmann/RPC Ponta Grossa

A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos do acidente.





Relembre o caso
Familiares das vítimas disseram que Dilson dos Santos trabalhava ao lado da casa da filha, quando viu o caminhão descer a rua, antes de atingir a residência. A família disse que o homem tentou salvar a filha e a neta.

Ainda segundo a família, Maricélia morava na casa com as três filhas. Ela cuidava de Maria Valentina no momento do acidente. As outras duas meninas estavam na escola.





O caminhoneiro foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros em estado de choque. Ele foi levado para um hospital da cidade e recebeu alta no mesmo dia.

A Polícia Militar (PM) disse que o motorista passou por um teste de bafômetro, que apontou que ele não estava embriagado.

As vítimas foram sepultadas no dia 13 de agosto, no Cemitério São Vicente de Paula.
Mãe e filha morreram após caminhão atingir casa, em Ponta Grossa — Foto: Dilcinei dos Santos/Arquivo Pessoal



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Fonte: g1

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